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Sem convênio, ACLAA suspende atendimento a cães e gatos em Corumbá

Rosana Nunes em 07 de Janeiro de 2019

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Valéria Almeida se vê hoje impossibilitada de continuar com as atividades da ACLAA

Com quase três anos de atuação, a ACLAA (Associação Corumbaense e Ladarense de Apoio aos Animais) está suspendendo, temporariamente, os serviços de consultas, castrações, cesáreas, doação de medicamentos e de ração. Por mês, pelo menos quinze animais, a maioria cães e gatos, recebiam esses atendimentos.

A fundadora da ACLAA, Valéria Almeida, explicou ao Diário Corumbaense, que a entidade não governamental, não tem convênio com órgãos públicos e nem recebe apoio de empresas privadas. "Ate hoje vínhamos mantendo os serviços com o dinheiro de promoções e a ajuda de voluntários. Mas chegamos à situação crítica, não temos mais dinheiro em caixa para atender os muitos pedidos de ajuda que recebemos", contou.

Valéria também ressaltou que até mesmo os abrigos temporários estão escassos. São poucas as pessoas que ainda recebem animais até que sejam adotados. Alguns acabam ficando com o cão ou gato porque não aparece ninguém para adotá-los. É o caso da própria dirigente da ACLAA, que tem oito cachorros adotados, um deles o Guri, que pertencia a um idoso de 73 anos que morreu em novembro passado.

Divulgação

"Guri" vive na casa da dirigente da ACLAA, porque não apareceu alguém que quisesse adotá-lo

"Sem apoio não tem como dar andamento ao trabalho. No fim de semana mesmo nos chamaram para auxiliar uma cadela que pariu 15 filhotes e estava na rua. Não tinha para onde levar", lamentou.

Valéria Almeida não perde a esperança de reverter a situação. "Se conseguirmos parceria com o poder público e empresas privadas, retomaremos o atendimento", garantiu. O telefone de contato dela é o (67) 99974-8382.

GAPA atua há 11 anos

O GAPA (Grupo de Apoio e Proteção aos Animais) é outra entidade não governamental que atua em Corumbá há 11 anos. A advogada Elisângela Oliveira Campos é quem preside a instituição e conseguiu depois de apresentar projeto ao Ministério Público Estadual, implantar a castração para buscar diminuir o número de cães e gatos nas ruas da cidade.

"Eu levei o projeto ao MPE e conseguimos então estabelecer convênio entre a Prefeitura, através do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), o GAPA e o Ministério Público, que destina verba de multas pagas por empresas para o custeio das cirurgias", explicou a advogada ao contabilizar cerca de 80 castrações por mês, com prévio agendamento.

A dirigente da ONG também relata muitas dificuldades para manter o projeto, sendo necessária a realização de promoções e bazar para arrecadar recursos e fazer outros atendimentos. O GAPA atende casos de animais abandonados e de pessoas que pedem ajuda quando não têm dinheiro para pagar os custos de tratamento de animais doentes. "São cerca de sete voluntários atuando diretamente, um trabalho que exige muito, sobretudo persistência e dedicação", concluiu.  O telefone de contato da Elisângela é o (67) 99832-2614.

Comentários:

Lelia de Carvalho Guilherme: Triste realidade. Em algumas cidades a prefeitura ajuda estas ongs, por que aqui em Corumbá não pode ser assim. Existem empresas ,comércio um pouco de ajuda e dos simpatizantes já ajudaria.

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