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Corte de gastos está entre metas imediatas do novo mandato de Reinaldo Azambuja

Campo Grande News em 01 de Janeiro de 2019

Chico Ribeiro/Governo do Estado

Governador no momento da posse de segundo mandato

Após um primeiro mandato marcado pela crise econômica e uma reconhecida queda de receita, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) reiterou nesta terça-feira (1º) expectativas positivas quanto à nova gestão estadual, para a qual tomou posse em solenidade na Assembleia Legislativa, em Campo Grande. Durante entrevista coletiva concedida antes da cerimônia, ele apontou que terá entre as metas para os próximos anos o corte de gastos – inclusive com o funcionalismo – e a defesa, junto ao governo federal, de melhorias nas áreas de Saúde e Segurança Pública.

Aos jornalistas, Reinaldo fez um breve balanço do primeiro mandato. Segundo ele, a primeira gestão teve resultados positivos “principalmente pelo momento de crise que o Estado passou. Mesmo assim, diante da recessão, enfrentamos a dificuldade financeira e fizemos investimentos importantes no Estado”.

Segundo ele, a situação foi entendida e o empenho reconhecido pela sociedade, “tanto que tive aprovação para um segundo mandato”. O governador disse que, para o novo ciclo administrativo, o sentimento é de otimismo, “principalmente em função da retomada do crescimento em nível nacional”. “E o Estado já fez reformas e ajustes importantes que serão essenciais para este novo momento da economia”, declarou, referindo-se à redução da máquina administrativa, políticas econômicas e enxergando “um ambiente muito melhor que o de quando assumi, em 2015”.

Metas

Reinaldo Azambuja disse que sua intenção é cumprir propostas feitas durante a campanha, mesmo com um primeiro cenário preocupante: o governador voltou a se queixar sobre a falta de repasse de R$ 100 milhões referentes a ressarcimentos da Lei Kandir (que isenta de impostos produtos primários voltados à exportação), um dos fatores responsáveis pela queda de receita.

O governador reeleito disse que pretende levar o tema ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) nos próximos dias. E, em função da perda de receitas, pretende ampliar o controle das finanças a partir da redução do custo da máquina pública “e, mais urgentemente, diminuir a folha de pagamento e os gastos com pessoal, começando pelos servidores comissionados”.

A estratégia de enxugamento de despesas inclui, ainda, redução de contratos de terceirização e novas ações para otimizar compras públicas, que incluem a participação em atas nacionais – com outros Estados e a União – para realizar compras coletivas, com preço menor. A intenção é usar essa tática em áreas como Saúde e Segurança Pública.

Henrique Kawaminami/CG News

Reinaldo: “O Estado já fez reformas e ajustes importantes que serão essenciais para este novo momento da economia”

Detalhes sobre o enxugamento serão discutidos nesta quarta-feira (02) em reunião entre Reinado e parte de seu staff, na Governadoria. Secretários e presidentes de fundações receberão pedido para reduzirem despesas e melhorem a eficiência nos gastos.

Setores

Reinaldo também destacou ações para setores que considera estratégicos. Sobre a saúde, disse ter recebido “a boa notícia” de um depósito, por parte da União, para o projeto do Hospital Regional de Dourados, cuja obra foi lançada em junho de 2018 em uma área na BR-463, no acesso a Ponta Porã. O investimento na obra supera os R$ 25 milhões em recursos estaduais e federais. Recursos de emendas parlamentares devem garantir equipamentos para a unidade. Também na saúde, o governador reeleito destacou a intenção de finalizar a regionalização no interior, bem como a continuidade da Caravana da Saúde. 

Em relação à Segurança Pública, ele afirmou que “o foco é rever a política de fronteira com o presidente Bolsonaro”. Ele destacou números nacionais que colocam Mato Grosso do Sul como o terceiro Estado mais seguro do país, apesar da situação de constante tensão na fronteira – a qual, frisou o governador, terá prioridade nas ações.

Reinaldo também reforçou a intenção de criar incentivos diferenciados para empresas que abram oportunidades de trabalho para jovens e mulheres vítimas de violência. “Vou formalizar neste primeiro mês como ele funcionará junto à equipe de finanças”.

O governador ainda demonstrou expectativas com a nomeação de dois ministros do Estado na equipe de Bolsonaro – Tereza Cristina na Agricultura e Luiz Mandetta na Saúde. “Eles terão um olhar diferenciado para Mato Grosso do Sul, apesar de terem de cuidar do país inteiro”.

O governador destacou que pretende continuar a boa relação com a Assembleia, “como tive no primeiro mandato, quando consegui aprovar todas as reformas e ajustes que precisamos fazer no governo. Sinto-me grato pela ajuda que os deputados nos deram”.

A rota viária que vai ligar o Estado ao Chile, uma saída para o Oceano Pacífico que encurta a distância da China, principal parceiro comercial de Mato Grosso do Sul também foi citada por ele. Já a ferrovia, conforme o governador, e um modal estratégico que vai integrar o Estado com o Porto de Santos, no litoral de São Paulo.

“Senhoras e senhores, meus amigos, ainda há muitos desafios. Não são desafios apenas do Executivo, mas de toda a sociedade organizada. Já vai distante o tempo em que o governo podia tudo, fazia tudo e resolvia tudo. É hora de transferir a grande energia consumida pela radicalização para o trabalho coletivo. Ninguém fará por nós o que é o nosso dever. Muito obrigado e que Deus nos abençoe”, disse Azambuja, no discurso de posse na Assembleia Legislativa.

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