Agência Brasil em 13 de Novembro de 2018
O presidente eleito Jair Bolsonaro disse hoje (13) que os nomes para os ministérios do Meio Ambiente e de Relações Exteriores estão “maduros”. Ele não informou quais são os cotados nem os perfis, disse apenas o que espera de cada um. Segundo Bolsonaro, até o final deste mês fecha sua equipe ministerial. Também ressaltou que o ensino superior será mantido no Ministério da Educação.
Questionado sobre alguns nomes postos, como o do advogado Gustavo Bebianno para a Secretaria-Geral da Presidência, ele foi taxativo: “O que não foi anunciado, não foi fechado”.
No caso do Meio Ambiente, o presidente eleito afirmou que há duas alternativas em análise e que devem atuar para destravar “as licenças ambientais têm atrapalhado muito a questão no Brasil”. Para o presidente eleito, não há preferência sobre o sexo do futuro chanceler, mas reconheceu que será um diplomata de carreira.
Bolsonaro elogiou o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), mas não o confirmou para Saúde. “Ele é muito bem quisto grande parte dos médicos do Brasil, deixou um rastro de bons serviços no Mato Grosso do Sul.”
Questionado sobre o Ministério de Minas e Energia, Bolsonaro afirmou que é preciso “agregar valor ao que produzimos” e buscar parcerias. “Fazer parceria com quem quiser fazer conosco, não podemos ser apenas um fornecedor de commodities.”
Segundo ele, o futuro ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, terá pela frente o desafio de incentivar e estimular pesquisas.
Governadores
Bolsonaro confirmou que pode participar do encontro de governadores, organizado para amanhã (14), em Brasília, do qual 18 dos 27 confirmaram presença. Segundo ele, a organização foi do governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB). “Mas nós não vamos decepcionar os governadores.”
Segundo o presidente eleito, os governadores vão pedir mais recursos para os estados, o que no momento não é possível. “O que eles querem, eu também quero: dinheiro. O Orçamento da União está complicado”, afirmou o presidente eleito. “Está a cargo da equipe do Paulo Guedes , o que for possível, vamos fazer de renegociação das dívidas.”
Congresso
Bolsonaro disse ainda que amanhã, além de tomar um café com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), candidato à reeleição ao cargo, também pretende ir ao plenário, uma vez que foi deputado federal por 28 anos. “Quero entrar no plenário e apertar a mão dos meus amigos, e dar um abraço neles.”
Depois de reconhecer que há dificuldades na aprovação da reforma da Previdência, Bolsonaro tem ainda alguns projetos de interesse do seu governo que espera ver aprovados no Congresso Nacional, como o que garante independência ao Banco Central.
O presidente eleito avisou que retornará a Brasília na próxima semana. Ele disse que pretende conhecer a Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República, que foi oferecida para ele neste período de transição.
Questionado se, em Brasília, ele terá dificuldades de sacar dinheiro no caixa eletrônico, como fez nos últimos dias no Rio de Janeiro, Bolsonaro reagiu com bom humor. “Fui tirar dinheiro para mim. Eu sempre tive de tirar dinheiro no caixa.”
Já foram confirmados nos respectivos cargos os seguintes nomes:
Onyx Lorenzoni – deputado federal pelo DEM do Rio Grande do Sul, assumirá a Casa Civil. Por enquanto, atua como ministro extraordinário da transição;
General Augusto Heleno Ribeiro Pereira – oficial da reserva, assumirá o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). É chamado de “conselheiro” pelo presidente eleito;
Paulo Guedes – economista que acompanhou Bolsonaro durante a campanha, ocupará o Ministério da Economia (unindo Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio);
Sergio Moro – juiz federal, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, assumirá o Ministério da Justiça (fusão com a Secretaria de Segurança Pública e Conselho de Controle de Atividades Financeiras, Coaf);
Marcos Pontes – astronauta e próximo ao Bolsonaro, ficará à frente do Ministério de Ciência e Tecnologia, que deverá agregar também a área do ensino superior;
Tereza Cristina – deputada federal pelo DEM do Mato Grosso do Sul, engenheira agrônoma e empresária do agronegócios, assumirá o Ministério da Agricultura;
General Fernando Azevedo e Silva – é militar da reserva e atuou como assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. Assumirá o Ministério da Defesa.
21/11/2018 Gustavo Bebianno é confirmado como ministro da Secretaria-Geral da Presidência
21/11/2018 Bolsonaro anuncia André Luiz de Almeida Mendonça para chefiar AGU
20/11/2018 Bolsonaro confirma deputado Mandetta no Ministério da Saúde
19/11/2018 Roberto Castello Branco deve assumir presidência da Petrobras
16/11/2018 Presidente eleito diz que nomes de comandantes militares não estão definidos
16/11/2018 Roberto Campos Neto comandará Banco Central
15/11/2018 Carta do Fórum de Governadores contempla 4 propostas de Reinaldo Azambuja
14/11/2018 Embaixador Ernesto Araújo é escolhido ministro das Relações Exteriores
14/11/2018 Reinaldo defende crédito para comprar armas e “blindar a fronteira”
14/11/2018 Bolsonaro diz a governadores que há medidas amargas, mas necessárias
14/11/2018 Governadores discutem pacto federativo com equipe de transição de Bolsonaro
No Diário Corumbaense, os comentários feitos são moderados. Observe as seguintes regras antes de expressar sua opinião:
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. O Diário Corumbaense se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.