Campo Grande News em 28 de Setembro de 2018
Adilson Domingos/CG News
Rodrigo chega à 1ª Delegacia de Polícia Civil em Dourados após ser preso em Itaporã
A mulher foi encontrada morta na casa onde morava com uma amiga no Jardim Pelicano, região norte da cidade. Giovana Franco Dias, 25, chegou a ser presa suspeita de alterar a cena do crime e por tráfico de drogas, já que foram encontradas três porções de maconha na casa. No domingo, a Justiça revogou a prisão, mas manteve o flagrante por tráfico.
Preso em Itaporã, cidade a 18 km de Dourados, onde mora, Rodrigo Martinez confessou o crime, segundo o delegado Rodolfo Daltro, do SIG (Serviço de Investigações Gerais). Ele inocentou Giovana de qualquer participação e disse que agiu sozinho. Em entrevista à rádio Grande FM, Rodrigo chorou, disse estar “muito arrependido”. Ele confessou que estrangulou a mulher, a espancou com socos no rosto e depois a asfixiou com o travesseiro.
“Quando vi já estava grudado no pescoço dela. Aí dei um soco no rosto dela. Ela desmaiou. Depois acordou, dei outro soco e coloquei o travesseiro no rosto dela. Quando vi que já estava morta eu fui embora”, afirmou Rodrigo na entrevista. O assassino confessou que tinha contratado Mayara para programa sexual e que matou a mulher porque estava sem dinheiro para pagar o valor combinado. Entretanto, ele vai ser indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte), já que levou o celular e o dinheiro da vítima.
O caso
Mayara foi encontrada morta na manhã de sábado, em um dos quartos da casa que dividia com Giovana Dias. A amiga contou à polícia que ao entrar no quarto viu Mayara na cama e o ar-condicionado ligado. Por acreditar que ela estivesse dormindo, foi dormir na sala para não acordá-la. Em depoimento, a jovem ainda detalhou que por volta das 11h recebeu ligação de funcionária de um salão de beleza. A mulher perguntava de Mayara, que tinha marcado horário no local, mas não apareceu e não atendia o celular.
Giovana contou que foi até ao quarto e percebeu que Mayara estava morta. Em levantamentos no local do crime, a Polícia Civil encontrou três porções de maconha, que pesaram 50 gramas, papel para embalar entorpecente e várias bitucas de cigarro da droga.
Além do flagrante por tráfico de drogas, a delegada Paula Ribeiro apontou que Giovana teria alterado a cena do crime e ela foi presa também por fraude processual. Rodrigo, no entanto, inocentou Giovana de qualquer participação no crime.
Na audiência de custódia, no domingo, o juiz Caio Márcio de Brito homologou o auto de prisão em flagrante, mas considerou não ser caso de conversão em prisão preventiva, já que Giovana é primária, apresentou comprovante de residência fixa, “além dos fatos serem controversos em relação à prática do crime de tráfico de drogas”.
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