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Após audiência, chefes da Máfia do Cigarro voltam para presídio

Campo Grande News em 24 de Setembro de 2018

Adalberto Domingos/CG News

Presos na Operação Nepsis, deflagrada no sábado

Sete dos 32 presos na Operação Nepsis, deflagrada sábado (22) para desmantelar uma organização de contrabandistas de cigarro paraguaio, levados nesta tarde para audiência de custódia na Justiça Federal em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, vão continuar presos. Após duas horas de audiência de custódia, todos foram levados de volta pela Polícia Federal para a Unidade Penal Ricardo Brandão. Entre eles estão os quatro homens apontados pela Polícia Federal como líderes da quadrilha, entre eles, Ângelo Guimarães Ballerini, o Alemão, o chefão da quadrilha preso em um resort de alto padrão de Maceió (AL) horas antes do casamento, o irmão dele conhecido como Lupa, também preso na capital alagoana, e Valdenir Pereira dos Santos, o “Perna”, outro líder da quadrilha.

O advogado José Augusto Marcondes de Moura Junior, que defende Ângelo Ballerini, o irmão dele e Valdenir dos Santos, disse que a audiência foi apenas para a Justiça saber se os direitos dos acusados estavam sendo respeitados. O advogado disse que agora vai analisar com cautela o mandado de prisão preventiva de seus clientes para depois decidir se pedirá o relaxamento da prisão diretamente à Justiça Federal em Ponta Porã ou se vai entrar com habeas corpus em instância superior. " parecem frágeis, com base em informações surgidas em outra operação", afirmou.

Segundo o defensor, seus clientes são primários e isso precisa ser levado em consideração pela Justiça. Ângelo, Lupa e Valdenir dos Santos foram condenados após a Operação Marco 334, de 2011, mas o advogado afirma ter conseguido reduzir a pena no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o crime declarado prescrito. “A prescrição aconteceu diante da redução sensível da pena, porque houve um equívoco nos julgamentos e o erro foi corrigido no STJ (Superior Tribunal de Justiça)”, afirmou.

Foragidos

Dos 43 contrabandistas de cigarros alvos da Nepsis, 11 ainda não foram localizados. Um deles é Carlos Alexandre Gouveia, também cliente de José Augusto. As equipes continuam em diligências para localizar os suspeitos, cujos nomes não foram informados. Todos os envolvidos presos no sábado foram transferidos da delegacia da PF na cidade, onde as prisões tinham sido concentradas, para Ponta Porã e Campo Grande.