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Prisões temporárias vencem e 13 alvos de operação da PF são liberados em MS

Campo Grande News em 16 de Setembro de 2018

Kísie Ainoã/CG News

Movimentação em frente ao Polícia Federal durante a Operação Vostok

Sem a prorrogação da prisão temporária de 5 dias, foram soltos neste domingo (16), 13 presos na operação Vostok, realizada na quarta-feira (12) pela Polícia Federal. A ordem de soltura veio do mesmo ministro que ordenou as prisões, Felix Fisher, segundo informaram as defesas dos envolvidos. Dos 14 alvos da operação, só o corretor José Carlos Guitti Guimaro não se apresentou. 

A apresentação de “Polaco” deveria acontecer nesta tarde, mas foi adiada porque equipes da força-tarefa da operação retornaram a Brasília neste domingo. Segundo a defesa, por questão de segurança, o corretor de gado deve procurar a Polícia Federal na capital federal no fim da tarde de segunda-feira.

Entre os presos pela Polícia Federal, estava o deputado estadual Zé Teixeira (DEM), o ex-prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, e o filho do governador Reinaldo Azambuja(PSDB), o advogado Rodrigo Sousa e Silva, além de pecuaristas e empresários. Os presos estavam no presídio militar e em delegacias de Polícia Civil de Campo Grande.

A Vostok cumpriu 41 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão temporária, como parte das investigações de um esquema que teria concedido créditos irregulares à empresa JBS, controlada pela J&F, dos empresários Joesley e Wesley Batista.

A investigação

A Vostok teve início com a delação premiada dos irmão que apontaram a existência de um esquema de pagamentos por meio de notas frias destinadas ao atual governador, valendo-se de Tares (Termos de Acordo de Regime Especial). Mais de 220 policiais foram mobilizados para cumprir os mandados, na semana passada. A operação decorre de inquérito no STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre as denúncias da J&F de troca de incentivos fiscais por propinas em Mato Grosso do Sul.

Segundo despacho do ministro Felix Fisher, o Ministério Público Federal aponta um esquema de pagamentos de propinas da empresa do ramo frigorífico a políticos era dividido em três núcleos e rendeu lucro de ao menos R$ 67.791.309 aos denunciados. As fraudes teriam somado prejuízo de R$ 209 milhões ao Estado entre 2014 e 2016.