Rosana Nunes em 23 de Agosto de 2018
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Pisos de cerâmica foram assentados sobre ladrilhos hidráulicos da escadaria
A lei municipal 969/2016 considerou a Igreja como patrimônio histórico, religioso e cultural da cidade, sendo proibido qualquer alteração e modificações no Santuário. Além disso, o documento estabeleceu que as restaurações devem preservar a originalidade da construção. Entre os 47 artigos destaca-se que se “apurado qualquer delito contra o patrimônio histórico, paisagístico e cultural do município será comunicado o procurador jurídico que deverá representar criminalmente ao Ministério Público Estadual consoante legislação penal em vigor”.
Entretanto, depois de mais de dez dias da polêmica, a Fundação Municipal de Cultura de Ladário, por meio de seu diretor-presidente interino, Rodrigo Silva de Arruda, também integrante do Conselho de Cultura, informou que parecer da Comissão de Cultura da Câmara de Vereadores de Ladário, apontou que não houve dano contra o patrimônio público. "A lei 969/2016 não foi homologada no prazo de seis meses pelo Executivo anterior e atual, e por não possuir os livros de registro de tombamento, a lei passa a ser inaplicável", ou seja, não tem validade.
Rodrigo Arruda que também é secretário de Governo, disse que agora a Prefeitura e a Câmara vão buscar os meios legais para regulamentar a lei e que o Santuário seja, de fato, tombado como patrimônio do Município. A intenção é concluir o processo até outubro, quando é celebrada, no dia 24, a data festiva em homenagem a Nossa Senhora dos Remédios.
No dia 15 de agosto, quando o Diário Corumbaense publicou reportagem sobre o assunto, o pároco do Santuário, padre Celso Ricardo, preferiu não se pronunciar. Mas, ele frisou à equipe que não havia nada de irregular na obra executada.
15/08/2018 Obra em escadaria do Santuário de Ladário gera questionamentos
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