Campo Grande News em 12 de Agosto de 2018
Marina Pacheco/CG News
Senadora Simone Tebet na convenção do partido no último dia 04
O partido tem até quarta-feira para enviar o pedido de registro ao TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul). PSDB, do governador Reinaldo Aambuja e o PDT, do juiz aposentado Odilon de Oliveira, já enviaram os pedidos.
No documento, Simone afirma que foi levada pela emoção com o pedido do ex-governador André Puccinelli, preso desde o dia 20 de julho, e reconsiderou após apelo familiar. “Conhecendo meus problemas de ordem pessoal, recebi apelos contundentes da minha família para não ser candidata”, escreveu.
No mesmo documento, a senadora indicou o nome do procurador Sérgio Harfouche para substituí-la. “Se a opção for a escolha de um quadro partidário para ocupar a cabeça de chapa, quero lembrar o nome do companheiro Sérgio Harfouche, cuja competência e cujo compromisso com esse projeto não podem ser postos em causa”.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi, afirmou que o partido estuda algumas hipóteses, entre elas, indicar o nome de Harfouche para a vaga deixada por Simone.
Confira na íntegra a carta da senadora Simone Tebet
“Como é do conhecimento de todos os membros deste Diretório, e de todos os companheiros emedebistas, nosso Partido estava, até duas semanas atrás, com a sua campanha totalmente estruturada em torno do nosso candidato natural ao Governo do Estado, André Puccinelli.
Um quadro de instabilidade atingiu nosso partido aqui em Mato Grosso do Sul, com a (em nosso entendimento) intempestiva intervenção judiciária num processo eleitoral que, até então, vinha se desenvolvendo nos marcos da normalidade.
Não posso – e os emedebistas e o povo sul-mato-grossense não podem – compreender como 'normal' a prisão de um candidato a governador às vésperas da eleição, sem prévia condenação. Vimo-nos, então, obrigados a reagir a esse novo quadro de forma imediata, levados pela emoção e ainda chocados com as medidas que lhe foram impostas.
Foi, principalmente, devido a essa emoção, e respondendo ao apelo que me foi formulado pelo próprio André Puccinelli, que aceitei, em nossa última Convenção, a apresentação do meu nome como candidata ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
Foi, como disse, uma decisão pessoal. Desde então, outras considerações, apontadas por meus familiares levam-me a rever essa decisão. Conhecendo meus problemas de ordem pessoal, recebi apelos contundentes da minha família para não ser candidata.
Assim, acatando ao apelo de meus familiares, renuncio, à minha candidatura ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul pelo MDB, mas reafirmo minha confiança na pujança e unidade do nosso partido e dos nossos aliados, para manter a viabilidade do nosso projeto político, que tem se mostrado, ao longo dos anos – e mesmo décadas –, como imprescindível para o desenvolvimento do nosso Estado.
Se a opção for a escolha de um quadro partidário para ocupar a cabeça de chapa, quero lembrar o nome do companheiro Sérgio Harfouche, cuja competência e cujo compromisso com esse projeto não podem ser postos em causa.
Seja qual for a opção a ser adotada por esse Diretório, terá em mim uma militante aguerrida e disciplinada na defesa – volto a repetir – do nosso projeto político, que considero (e não precisaria dizê-lo) o melhor para a nossa gente.”
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