Campo Grande News em 30 de Julho de 2018
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, foi nesta manhã (30), visitar o ex-governador André Puccinelli (MDB), que está preso no Centro de Triagem Anísio Lima desde o dia 20 de julho. Ele contou que o ex-governador resolveu deixar a candidatura, por entender que este era o “fator preponderante” para continuar preso, ter seu pedido de habeas corpus aceito pela Justiça. Após dois pedidos frustrados, no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, sediado em São Paulo, e no STJ (Superior Tribunal de Justiça), a defesa estuda outros caminhos, como a ida ao STF (Supremo Tribunal Federal), para tentar a liberdade de Puccinelli e do filho dele, o advogado André Puccinelli Junior, além do advogado João Paulo Calves.
Saul Schramm/Campo Grande News
Ministro Carlos Marun visitou o ex-governador no Centro de Triagem Anízio Lima
“O André (Puccinelli) está convencido que o fato de ser candidato na eleição está influenciando para que ele permaneça na cadeia. Nós também temos razões para concordar com ele, pois esta sua prisão é arbitrária, já que não foi denunciado e muito menos condenado”, disse Marun ao Campo Grande News.
Marun contou que Puccinelli está pedindo que o partido se organize em torno do nome da senadora Simone Tebet (MDB), que foi a escolhida para ser candidata ao governo e que possa existir união e apoio dos filiados neste momento. “A Simone (Tebet) é muito respeitada dentro do partido e terá o devido apoio, com o partido em torno deste projeto”.
Questionado sobre como os eleitores e aliados vão se posicionar sobre a mudança, Marun diz que é cedo para avaliar e que o partido está se organizando para conduzir esta alteração. “Não sabemos ainda qual será a reação do eleitor com a entrada da Simone (Tebet), temos que esperar para avaliar”.
Quitinete
Marun questionou os argumentos usados pela Justiça para a prisão de Puccinelli, ao dizer por exemplo, que não foram apresentadas provas consistentes. “Esta questão de material na quitinete, disseram que era para ocultar provas, mas o que foi coletado? Quais as provas?”, questionou.
O ministro ainda diz que o ex-governador mora em um “apartamento humilde”, que não teria o devido espaço para guardar documentos ou outros materiais. “Desde que mudou para Campo Grande, André mora naquele apartamento e não em uma casa nababesca, mas em um apartamento simples, por isso solicitou que fosse guardado este acervo em outro local”.
A visita do ministro a Puccinelli durou cerca de 40 minutos. O ex-governador foi preso junto com seu filho, André Puccinelli Junior e o advogado João Paulo Calves, no dia 20 de julho, pela Polícia Federal, em mais uma ação da Operação Lama Asfáltica, que investiga desvio de recursos públicos, em obras estaduais. A defesa entrou com pedido de habeas corpus, mas teve a ação negada pelo TRF 3 (Tribunal Regional Federal) e STJ (Superior Tribunal de Justiça).
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