Da Redação em 28 de Junho de 2018
Gisele Ribeiro/PMC
Para prefeito, reunião de extrema importância para que os governos do Brasil e Bolívia voltem a atenção para as cidades de fronteira
A reunião discutiu três grupos temáticos: segurança pública (contrabando de combustíveis, controle de armamento, assuntos migratórios, entre outros); integração econômica (desenvolvimento fronteiriço, produção agrícola, controle integrado de fronteira, contrabando, transporte e infraestrutura) e temas sociais (educação, cultura, esportes e saúde).
Diretora do Departamento da América do Sul Meridional, a embaixadora Eugenia Barthelmess afirmou que o encontro é importante para conhecer as demandas das comunidades que vivem nessa faixa de fronteira e levá-las para discussão nas esferas federais de governo. “É um exercício de confraternização e irmandade entre as comunidades para que possamos recolher e ouvir as inquietações e demandas brasileira e boliviana para que possam ser analisadas e encaminhadas, em trabalho conjunto, às diferentes esferas dos dois governos”, disse a embaixadora brasileira.
O embaixador Ricardo Martinez Covarrubia, diretor-geral de Relações Bilaterais do Ministério das Relações Exteriores da Bolívia, destacou a importância do Comitê de Fronteira. “Temos como objetivo fundamental a promoção da integração política, econômica, social, física e cultural das regiões sobre princípios de solidariedade, desenvolvimento sustentável, inclusão social através de entendimento franco e construtivo. É neste contexto que nos reunimos aqui”, frisou.
Para o prefeito Marcelo Iunes, o encontro desta quinta-feira foi de extrema importância para que os governos do Brasil e Bolívia voltem a atenção para as cidades de fronteira e os problemas cotidianos que enfrentam por conta da localização geográfica.
“Em geral os governos centrais não observam a fundo a realidade cotidiana das cidades de fronteira, suas implicações e impactos positivos e negativos decorrentes de sua posição geográfica. Temos problemas sérios nas áreas de saúde e educação. Corumbá tem serviços com forte procura pelos bolivianos e sem contrapartida adicional do governo federal. Hoje, 25% da demanda do hospital de Corumbá são de atendimentos a bolivianos, por exemplo. Queremos ajuda do Governo nessa questão. Precisamos de um suporte maior do governo federal. Na educação temos crianças bolivianas estudando na Rede Municipal”, disse o prefeito ao discursar durante a abertura da Reunião do Comitê de Integração Fronteiriça Puerto Suárez – Corumbá.
Iunes espera que as ações discutidas durante o encontro, tenham soluções que se tornem realidade no cotidiano fronteiriço. “Que saiam do papel, virem prática e tragam suporte dos governos do Brasil e Bolívia”, completou.
Participação
Também participaram do evento os secretários municipais Cássio Augusto da Costa Marques (Governo); Alberto Saburo Kanayama (Finanças e Gestão); Rogério dos Santos Leite (Saúde); Mohamad Abdallah (Agricultura Familiar); o procurador Geral do Municipio, José Luis de Aquino Amorim; Ana Cláudia Boabaid (Fundação do Meio Ambiente); Cleiton Douglas da Silva (Agetrat); Isaque do Nascimento (Defesa Civil); José Antônio Assad e Faria (Agência Portuária); além de representantes da Secretaria Municipal de Assistencial Social; Cidadania e Direitos Humanos e Fundação de Esportes de Corumbá.
O prefeito de Puerto Suárez, Sebastian Hurtado Rodriguez; o cônsul do Brasil em Puerto Quijarro, Julio Boaventura Santos Matos, e o cônsul da Bolívia em Corumbá, Armando Pacheco Gutierrez, também participaram das discussões. A primeira reunião do Comitê de Integração Fronteiriça Puerto Suárez – Corumbá foi realizada no dia 28 de setembro de 2011. As informações são da assessoria de comunicação da PMC.
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