Agência Brasil em 23 de Maio de 2018
Representantes dos caminhoneiros deixaram a reunião de hoje (23), com ministros da Casa Civil, Transportes e Secretaria de Governo, afirmando que o governo não apresentou propostas que levem ao fim da paralisação da categoria, que já dura três dias. De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, um novo encontro ficou agendado para amanhã (24).
Em evento ocorrido na tarde de hoje, também no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer disse que pediu uma “trégua” de até três dias na paralisação. “Pedi que na reunião se solicitasse uma espécie de trégua para que em dois, três dias no máximo, pudéssemos encontrar uma solução satisfatória para os caminhoneiros e para o povo brasileiro”, disse.
Temer frisou que o governo tem trabalhado desde o início da semana para encontrar uma solução para os caminhoneiros. “Desde domingo estamos trabalhando nesse tema para dar tranquilidade, não só ao brasileiro, que não quer ver paralisado o abastecimento, mas também tentando encontrar uma solução que facilite a vida especialmente dos caminhoneiros”.
A expectativa é que o governo apresente respostas às reivindicações dos caminhoneiros. “Não houve nenhuma proposta efetiva que possamos levar para a categoria. A proposta deles foi pedir um prazo para nós para que eles se posicionem amanhã às 14h”, disse o presidente da CNTA. Segundo ele, a categoria não vai desmobilizar a paralisação antes de ter um compromisso real de soluções para as demandas apresentadas.
Aviso prévio
Diumar Bueno disse que as entidades representantes dos caminhoneiros alertaram o governo sobre a possibilidade de paralisação, mas não tiveram respostas. “O governo foi previamente avisado e não tomou nenhuma providência, não chamou ninguém da categoria para conversar e tentar estabelecer alguma coisa para que o movimento não acontecesse”.
As principais reivindicações dos caminhoneiros são a redução de impostos sobre o preço do óleo diesel, como PIS/Cofins e ICMS e o fim da cobrança de pedágios dos caminhões que trafegam vazios nas rodovias federais que estão concedidas à iniciativa privada.
Participaram da reunião os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil),Valter Casimiro Silveira (Transportes), Carlos Marun (Secretaria de Governo) e o presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Mario Rodrigues. Do lado dos caminhoneiros, estiveram presentes representantes de dez entidades. O encontro também teve a participação de deputados federais.
A paralisação, que completa três dias hoje, já provoca desabastecimento de mercadorias e combustíveis, além de problemas de trânsito e congestionamentos. Também há relatos de reflexos na aviação civil.
24/05/2018 Petrobras diz que vai à justiça para liberar acesso a distribuidoras
24/05/2018 Reinaldo rejeita reeditar ICMS menor para diesel e diz que busca alternativa
24/05/2018 Divididos, caminhoneiros não chegam a acordo com governo
24/05/2018 Greve só termina com sanção de alíquota zero do PIS-Cofins, diz associação
24/05/2018 Postos de Dourados já não têm mais combustíveis
24/05/2018 Após 2 horas, termina reunião do governo sobre greve de caminhoneiros
24/05/2018 Correios registram atraso na entrega de 36% das correspondências em MS
24/05/2018 Greve de caminhoneiros já parou 60% das indústrias do Estado, aponta Fiems
24/05/2018 Caminhoneiros continuam greve pelo 4º dia e já são 30 pontos bloqueados em MS
24/05/2018 Temer reúne ministros para discutir greve dos caminhoneiros
23/05/2018 Entenda a composição do preço da gasolina e do diesel no Brasil
23/05/2018 Prefeitos cobram compensação por perda de arrecadação com fim da Cide
23/05/2018 Petrobras reduz preço da gasolina e do diesel pelo 2º dia consecutivo
23/05/2018 Greve dos caminhoneiros faz Correios suspenderem envio de Sedex
23/05/2018 Preço dos combustíveis é tema de debate na Câmara Federal
23/05/2018 Em 3º dia de protestos, caminhoneiros mantêm bloqueios em vários pontos de MS
21/05/2018 Caminhoneiros colocam fogo em pneus e fecham rodovias em MS
21/05/2018 Greve de caminhoneiros tem adesão de pelo menos 19 mil em MS, diz sindicato
No Diário Corumbaense, os comentários feitos são moderados. Observe as seguintes regras antes de expressar sua opinião:
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. O Diário Corumbaense se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.