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Com articulação do Governo, porto de Ladário inicia exportações de commodities

Portal de Notícias do Governo de MS em 10 de Maio de 2018

Nesta semana Mato Grosso do Sul ganhou mais um modal logístico para exportação de commodities, com o carregamento de soja para a Argentina pelo porto do município de Ladário. O primeiro embarque transportou 33 mil toneladas pela hidrovia, volume que precisaria de 825 caminhões nas estradas.

A alternativa logística que passa a facilitar a exportação de grãos sul-mato-grossenses, se deve aos esforços do Governo do Estado de gerar desenvolvimento com competitividade. Em 2015, decreto estadual criou uma zona especial de commodities, beneficiando produtores interessados a exportar pelos portos do Estado.

O primeiro beneficiado foi Porto Murtinho, com a reativação do porto. Mas, ao chegar em sua capacidade plena, outras possibilidades começaram a ser criadas. Sendo a hidrovia do rio Paraguai o modal mais viável e a safra de soja recorde, a exportação por Ladário se torna uma nova oportunidade de mercado com logística.

Divulgação

O terminal multimodal pertencente à Granel Química e existe desde 1990

Titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), o secretário Jaime Verruck afirma que criar alternativas logísticas é uma das missões do Governo do Estado. “Trabalhamos desde o início do Governo para gerar desenvolvimento com competitividade e as articulações logísticas, principalmente pela hidrovia, são fundamentais”.

O terminal multimodal pertencente à Granel Química, existe desde 1990 e, além dos grãos, atua com exportação de dois milhões de toneladas/ano de minérios (ferro e manganês) e importação de 100 mil m³ de combustíveis (diesel, gasolina e álcool). A retomada na exportação de soja acontece após cinco anos suspensa, graças a uma série de fatores que beneficiaram os produtores do Estado.

Ronald Smith, gerente financeiro do Grupo, afirma que o terminal tem capacidade fixa para armazenar 48 mil toneladas de grãos, mas dependendo da logística de chegada e saída da soja, é possível exportar seis milhões de toneladas ao ano.  “A quebra de safra da Argentina e a safra recorde brasileira, além do incentivo do Governo do Estado para os produtores interessados em exportar por aqui, culminaram na retomada das exportações”.

Em cada viagem rumo à Argentina, o rebocador com 16 barcaças tem capacidade para transportar 33 mil toneladas de soja pelo rio Paraguai, com nove funcionários a bordo. Para a mesma quantia, seriam necessários 825 caminhões rodando pelas rodovias, com 40 toneladas cada.

A carga foi comprada pelo grupo argentino Vicentin, que fará o beneficiamento do grão para produzir óleo de soja. O diretor Peter J. Graham explica que o cenário favoreceu a aquisição de soja sul-mato-grossense e os portos são fundamentais para que o escoamento da produção com preços competitivos, seja eficiente. “Neste ano vamos comprar 500 mil toneladas de soja do Estado, graças ao preço e as facilidades na logística”.

O primeiro carregamento de soja para a Argentina pertence ao Grupo BR PEC e foi negociado pela Grannos Corretora. A princípio, estão sendo comercializados grãos de propriedades próximas de Ladário, entre 200 e 300 km, para manter o frete em valores competitivos ao mercado externo e interno.

Adriano Sarassene, diretor de Agricultura da BR PEC, afirma que com a abertura do porto de Ládario também se iniciou um novo mercado de vendas para o grupo. “Antes, nossa soja só ia para outros países como China, pelo porto de Santos, agora temos a oportunidade de exportar para outro cliente e muito mais fácil”.

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