Lívia Gaertner em 28 de Abril de 2018
Divulgação
Criolo foi atração solicitada por integrantes do movimento da cultura de rua em Corumbá
O rapper paulistano foi a única atração confirmada em 2017, durante período de produção do Festival, que acabou não se concretizando devido a problemas de captação de recursos. Na ocasião, o Governo do Estado, que promove o evento, chegou a publicar em Diário Oficial a contratação do artista para um show com duração de 90 minutos, no Palco da Integração, na praça Generoso Ponce. O valor do contrato, assinado por Athayde Nery Freitas Júnior, diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, foi de R$ 90 mil.
Reprodução
Agenda do artista na internet confirma show em Corumbá
A inserção de Criolo como uma das atrações do FASP surgiu de uma demanda levada por representantes da arte e cultura de rua de Corumbá durante audiência pública realizada ano passado para debater o evento com a classe cultural e população corumbaense. Além disso, o movimento articulou uma grande campanha pelas redes sociais intitulado “Queremos Criolo no Festival América do Sul”.
Criolo atua há muitos anos no movimento da cultura de rua, porém ele veio ganhando mais destaque nos últimos tempos ao promover o rap com outros gêneros, sobretudo o samba, com o qual lhe foram rendidos grandes elogios e ampliou seu público. Aliás, seu mais recente trabalho “Espiral de Ilusão” é dedicado a este ritmo e foi lançado este ano.
O artista
Kleber Cavalcante Gomes, nascido na cidade de São Paulo em 1975, é mais conhecido como o rapper Criolo Doido ou simplesmente Criolo. Porém sua música não se prende somente ao termo rap. Soul, MPB, samba, hip hop e afrobeat são alguns dos gêneros pelos quais suas canções transitam.
Apesar de ter começado a cantar rap em 1989, Criolo somente começou a aparecer no cenário musical na primeira década dos anos 2000. Ele foi vendedor de lojas e rua, e, entre 1994 e 2000, trabalhou como educador.
Com o nome artístico de Criolo Doido, o rapper lançou o seu primeiro álbum - 'Ainda Há Tempo' - em 2006. Nesse mesmo ano, Criolo fundou a Rinha de MC's, evento promovendo as batalhas de improvisação, shows, exposições de graffiti e fotografias. Foi na Rinha de MC's que o rapper gravou o DVD "Criolo Doido Live in SP", lançado em 2010.
Em 2011, o artista paulistano mudou o nome artístico de Criolo Doido para Criolo e lançou o seu segundo álbum, 'Nó na Orelha', produzido por Daniel Ganjaman e Marcelo Cabral. 'Nó na Orelha', que teve a música "Não existe amor em SP" como principal destaque, apresentou sonoridades mais diversificadas, misturando samba, afrobeat , funk, soul, hip hop e brega. Na premiação MTV Vídeo Music Brasil (VMB) daquele ano, Criolo ganhou os prêmios de melhor álbum e melhor canção ("Não existe amor em SP").
Aclamado pela crítica, 'Nó na Orelha' também foi eleito pela Revista Rolling Stone o melhor disco de 2011. Em 2014, Criolo lançou 'Convoque seu Buda', seu terceiro álbum de estúdio. No ano seguinte, ele lançou em parceria com Ivete Sangalo 'Viva Tim Maia!, um tributo a Tim Maia.
Em 2016, ele regravou com diversos produtores oito faixas de seu primeiro disco, 'Ainda Há Tempo', lançando um novo álbum com o mesmo nome. 'Espiral de Ilusão', um disco de samba, foi lançado em 2017. Com informações do Muzplay.
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