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Para Reinaldo, briga interna por vaga ao Senado é "esquenta" da campanha

Campo Grande News em 14 de Março de 2018

Para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a disputa interna entre dirigentes do partido para definir quem vai ser o candidato ao Senado na chapa que lançará o chefe do Executivo candidato à reeleição é saudável. “Os dirigentes todos tem responsabilidade e eu não tenho dúvida que esta disputa interna é até salutar para aquecer o ambiente político dentro do partido”, afirmou em agenda pública na manhã desta quarta-feira (14).

Entre os tucanos, têm a intenção de entrarem na disputa por uma da vagas de senador – Mato Grosso do Sul preencherá duas cadeiras –, o deputado federal Geraldo Resende e os secretários de Estado de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, e de Governo, Eduardo Riedel.

O PSDB, entretanto, ensaia aproximação com o PSD, de Nelsinho Trad, que também não esconde a intenção de pleitear uma vaga no Senado.

Atritos

Geraldo Resende ameaça deixar a legenda se o partido se unir ao ex-prefeito de Dourados Murilo Zauith (PSB) em eventual composição para apoiar a candidatura do governador Reinaldo Azambuja à reeleição.

O deputado não esconde a irritação com a possibilidade do PSDB fazer coligar com seu adversário político em Dourados. Ele não fala especificamente da candidatura de Nelsinho Trad, mas em entrevista ao Campo Grande News, defendeu que o partido defina “regras claras” para escolha dos dois candidatos ao Senado na eventual chapa liderada por Reinaldo.

No encontro regional de sábado (10) em Ivinhema, Reinaldo citou apenas os nomes de Migliori e de Nelsinho. “O partido precisa tratar essa questão com transparência e respeito aos pré-candidatos. Não é sensato que cada dia surja um nome novo para a vaga sem que aqueles que estão na legenda, como meu próprio nome, do secretário Marcelo Miglioli e do secretário Eduardo Riedel, sejam ouvidos pela direção estadual”, cutucou Geraldo sobre o ex-prefeito de Campo Grande.

Palavra do chefe

Reinaldo diz acreditar que as lideranças do partido são maduras para tomar a decisão certa. “A eleição é um conjunto, das chapas majoritárias, proporcional e aliados. Faremos as escolhas com transparência. Sempre confieie na inteligência e na sabedoria dos dirigentes do PSDB para no momento certo quebrar a resistência de alguns para que não haja conflito”.

O governador fez um paralelo com a disputa no PSDB para definir quem seria o candidato à presidência. Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, e Arthur Virgílio, prefeito de Manaus (AM), expuseram a intenção de encabeçar a chapa tucana nas eleições 2018, mas o último recuou. “O Arthur retirou a candidatura pois entendeu que o momento era do Alckmin. Acredito que vai ocorrer o mesmo em Mato Grosso do Sul, pois não existem tantas vagas para tantos pretendentes”.

Coligações

Reinaldo também deixou claro que vê com bons olhos a aproximação de outros partidos – além do PSB, o PR por exemplo – meses antes das convenções partidárias, definição da coligações registro de chapas.

“Existem possibilidades deles seguirem conosco, muitos partidos e prefeitos foram até o evento porque simpatizam com a nossa gestão, mas essas decisões de coligação vão ocorrer em julho e agosto. Não temos que ter pressa. Os aliados e partidos vão se movimentar e eu não tenho dúvida que o PSDB vai construir um grupo sintonizado com o nosso trabalho”, afirmou sobre a presença de Nelsinho e integrantes do Partido da República no encontro tucano do sábado.

 

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