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Amigos dão adeus a Alfredo Sartory e destacam personalidade singular de colunista

Lívia Gaertner em 15 de Fevereiro de 2018

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Amigos, familiares e representantes da Marinha, participaram do sepultamento no cemitério Santa Cruz

O corpo do colunista social Alfredo Sartory, 58 anos, foi sepultado na manhã desta quinta-feira, 15 de fevereiro, no Cemitério Santa Cruz. Com a presença de familiares e muitos amigos que o colunista conquistou ao longo da vida, a cerimônia de despedida teve homenagens, entre elas, a prestada pela Marinha do Brasil, com toque de silêncio, uma vez que Sartory era membro da Soamar (Sociedade Amigos da Marinha) e, em 2013, recebeu  a mais alta comenda da instituição militar, a Ordem do Mérito Naval.

Próximo de completar 30 anos de atuação como colunista social, Sartory deixou um legado não apenas profissional como declarou José Roberto Costa, do Lions Clube. “Por tudo o que ele fez não só pela sua coluna, mas também pela amizade que ele tinha com todos. Dentro da sua humildade, dentro do que fazia, ele jamais ofendeu ninguém. Só colocava as coisas boas das pessoas em suas colunas e com isso ele conquistou todo mundo. Era um parceiro, um grande companheiro, estava sempre presente. Ele vai deixar uma lacuna muito grande, deixa um legado muito bom para nós”, comentou.

Presidente do Lions Clube de Corumbá, o empresário Heitor Batista da Silva falou da presença marcante do colunista nas atividades do clube de serviço e, sobretudo, no seio familiar. “Ele representava muito não apenas para o Lions, mas para minha família porque estava sempre em minha casa, considerava-o um irmão. Ele deixou um legado de inúmeros serviços prestados na região, cansei de ver ele tirar do bolso dele para ajudar outras pessoas. Não foi o Lions que perdeu, a comunidade perdeu, perdemos uma pessoa que palavras não serão suficientes para descrevê-lo”, disse ao Diário Corumbaense.

A amiga Marilda Galharte destacou uma das mais fortes marcas do colunista que tinha o espírito jocoso e uma gargalhada inconfundível. “A gente considerava como uma pessoa da nossa família. Sei que não vai ser fácil, vai ser muito difícil para o Lions e para a sociedade porque é difícil viver sem a presença dele, que estava sempre feliz”, afirmou.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Associado ao Lions Clube e soamarino, Sartory tinha inúmeras condecoração, inclusive a Ordem do Mérito Naval, a mais alta comenda da Marinha

Roberto Carlos da Silva, chamado de fiel escudeiro do colunista, lembrou de traços da personalidade com a qual confessou ao Diário ter aprendido muito sobre a vida e o relacionamento com as pessoas.

“Me ensinou um pouco mais de respeito, colocar os pés no chão. Era um professor ranzinza. Vai ficar a garra que ele tinha, não deixava nada o abater. Podia estar pra baixo, mas sempre se mostrava de cabeça erguida e seguia em frente, era o que mais eu admirava nele”, falou.

Super informado

Alfredo Sartory sempre se dizia uma pessoa “sem papas na língua” e expunha suas opiniões, não raras vezes de forma jocosa que vinha sempre acompanhada de uma singular gargalhada. Era considerado uma "verdadeira enciclopédia ambulante” da sociedade corumbaense, pois tinha guardada na memória e em seus arquivos, datas de aniversário, grau de parentesco e nomes de muitas pessoas.

Entre as expressões marcantes que sempre apareciam em suas colunas aqui no Diário Corumbaense e no jornal Correio de Corumbá:  “wonderful”, “crème de la crème”, “petit comité”. Ele criou a personagem “Camiliiiiiiiiiinha” com a qual contava bastidores da sociedade. Anualmente, promovia o Oscar Pantaneiro, premiação que reconhecia o desempenho de profissionais de diversas áreas, entre empresários, personalidades militares e políticas.

Sartory era um folião declarado e desfilava em várias escolas de samba, sendo que exerceu a presidência da Mocidade Independente da Nova Corumbá, onde foi enredo no carnaval de 2009. Era associado do Lions Clube desde 2002 e presidiu o clube no ano leonístico de 2007/2008.

"Sartory deixa uma lacuna na imprensa corumbaense que dificilmente será preenchida. Foi meu parceiro e amigo desde que comecei a atuar no jornalismo online e depois no impresso. Sempre quando chegava na redação do jornal, tinha algo para contar e nos descontraía com seu jeito singular. Era uma pessoa excepcional e vai fazer uma falta imensa", destacou a diretora geral deste Diário, Rosana Nunes. 

Alfredo Sartory deixou filho e neto que, atualmente, moram na cidade de Campo Grande. 

Nota da Redação: O arquivo de colunas do Sartory será mantido no site deste Diário. Para acessar clique no link

 

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