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Entre arte, fé e festas populares, Major Gama reverenciou Tanabi na passarela do samba

Lívia Gaertner em 11 de Fevereiro de 2018

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Carro abre-alas da Major Gama

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Major Gama foi a primeira das dez agremiações de Corumbá a desfilar na passarela do samba 2018. Com o enredo “Nossa rua hoje tem rei e ganha a avenida: saudemos Tanabi, a cultura é sua vida”, a escola homenageou José Antônio Garcia, o “Tanabi”, atual presidente do Conselho Municipal de Cultura, ex-presidente da Liesco (Liga das Escolas de Samba), atuante em muitas outras entidades culturais das quais ajudou a fundar, entre elas, a Casa do Massa Barro.

Logo no início, o carro abre-alas trouxe uma grande alegoria de São Francisco de Assis, santo de devoção do homenageado que, na juventude antes de chegar a Corumbá, frequentou um seminário no interior de São Paulo, região natal dele. Além do santo católico, o símbolo da escola, a pomba branca, também esteve presente no carro que abriu a apresentação.

Na comissão de frente, formada por onze bailarinos, várias referências dos muitos momentos da vida de Tanabi: sua ascendência italiana e espanhola, a atuação como ambientalista, o ofício de pedagogo e a fé em São Francisco, além da expressão como artista plástico.

A ala infantil trouxe as “pequenas borboletas” remetendo ao significado do nome da cidade paulista que alcunhou o homenageado que, apesar ter nascido em Polone, durante seu período no seminário ficou conhecido como Tanabi, apelido que o acompanha desde então.

Alejandro Brown/Diário Corumbaense

O homenageado José Antônio Garcia, o Tanabi

Junto ao filho Tiago e à neta Júlia, Tanabi veio saudando o público pela avenida. Ele dispensou o carro alegórico e interagiu pisando na passarela do samba e recebendo o carinho da plateia durante todo o trajeto.

O primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Kléber Kosta e Karine Cavassa, representou a riqueza do artesanato e, por isso mesmo, o traje foi confeccionado em tons marrons e opacos, lembrando as cerâmicas da pintura indígena Kadwéu, os trançados de cestarias, os bibelôs feitos a partir de matéria-prima pantaneira.

A arte e a religião continuaram marcadas em outros setores do desfile da Unidos da Major Gama. Na ala das baianas, a representação de Nossa Senhora do Pantanal, imagem criada pela artesã Maria do Barro, cuja primeira peça moldada por ela foi entregue como presente a Tanabi que a conserva até hoje. Entretanto, durante o desfile da Major Gama, a imagem da santa foi estilizada com elementos que extrapolaram a fauna e a flora pantaneiras, chegando até às festividades como a de São João  lembradas nas bandeirolas fixadas nas saias.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Componentes passaram cantando o samba-enredo em homenagem ao ativista cultural

A bateria, comandada pelo mestre Gerson Pereira “Gersinho”, mostrou a influência do carnaval na vida do homenageado com a figura mais importante dessa festa popular, o Rei Momo. Contudo a presença do carnaval não parou por aí e veio também em alas que representaram os blocos do Carnaval Cultural: pastorinhas, marinheiros, frevo, palhaços.

Apesar da harmonia mostrada pelos integrantes que cantavam o samba que pedia: “Batam palmas, Tanabi chegou”, a Unidos da Major Gama já irá para a apuração com algumas penalidades: apresentou número de componentes abaixo do solicitado no regulamento na ala das baianas (15 ao invés das 18) e também número aquém de alegorias, já que foram apenas três carros alegóricos dos quatro cobrados minimamente pelo documento que regulamenta os desfiles.

 

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