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Narcotraficante peruano era acusado de matar 10 só no Brasil

Campo Grande News em 09 de Novembro de 2015

Luiz Vasconcelos/ ACritica.com

Narcotraficante em sua chegada a Manaus em março de 2011

Considerado o criminoso mais violento da tríplice fronteira - Brasil, Peru e Colômbia -, o narcotraficante peruano Jair Ardela Michue, 39 anos - encontrado morto na manhã de domingo(08), em uma cela da penitenciária Presídio Federal de Segurança Máxima, em Campo Grande - foi preso no ano de 2011 , mas já estava sendo procurado pelas polícias Federal, colombiana e Nacional do Peru desde 2007. Ele era acusado de tráfico de drogas, armas e o homicídio de pelo menos 10 pessoas no Brasil, e já havia sido condenado a 35 anos de prisão. 

Conforme o delegado da Otacílio Della-Pace, a Polícia Federal esteve no Presídio ontem, juntamente com peritos criminais federais, e a princípio, tudo indica que Jair tenha cometido suicídio. "Solicitamos o histórico médico dele, porque soubemos que já sofria de depressão, bem como, informações sobre a equipe de plantão responsável pelo setor, e a partir disso e dos laudos periciais, saberemos com exatidão as causas da morte", explicou.

Violento e perigoso

Jair ou "Javier", como era conhecido no mundo do crime, foi condenado a cumprir 35 anos de prisão em regime fechado, pelos crimes de tráfico internacional de drogas, porte de arma de uso permitido e porte de arma de uso restrito. Ele também era acusado de ter matado pelo menos dez pessoas em território brasileiro, entre elas, as dos agentes federais Mauro Lobo e Leonardo Yamaguti, mortos em novembro do ano de 2010 e por tráfico e contrabando de armas e munições de grosso calibre.

Segundo o jornal "A Critica.com", de Manaus, Javier era o principal alvo de uma investigação da Polícia Federal que durou mais de três anos e resultou na operação operação Ilhas, realizada em Tabatinga - há aproximadamente 1.100 quilômetros de Manaus, no estado do Amazonas.

Ainda conforme o jornal, da pena aplicada a Javier, 29 anos eram por tráfico de drogas, já que no momento em que foi preso, ele transportava 40 quilos de pasta base de cocaína. Ele também foi sentenciado a dois anos de prisão por conta do porte de um revólver calibre 30, e a cinco anos por uma granada que estava em seu poder.

Na sentença o juiz federal Ricardo Sales explicou que a granada possuía alto poder bélico, podendo atingir um raio de 50 metros. Para a polícia, Javier tinha um caráter violento e arrojado em suas ações, além de comercializar drogas, também era investigado por contrabando de armas e o roubo de um paiol de armas do Exército colombiano, depois ter provocado a explosão do local.