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Participação do gás nas importações de MS é a menor em 20 anos

Campo Grande News em 07 de Janeiro de 2018

Fundamental na composição da receita do ICMS de Mato Grosso do Sul, o gás natural, comprado da Bolívia, despencou na participação das importações do Estado para o menor nível em 20 anos. No ano passado, foram importados US$ 1,19 bilhão do produto, o que corresponde a 47% do montante total das compras externas sul-mato-grossenses. É primeira vez que esse índice é inferior a 50%.

Arquivo/Campo Grande News

Ramal de distribuição de gás em Campo Grande

Os números são do Alice Web (Sistema de Análise das Informações de Comércio), do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Os dados mostram que o valor da importação de gás em 2017 é o menor em 12 anos – apenas 2005, com US$ 753,61 milhões, o montante foi inferior a do ano passado.

No entanto, apesar de menor, o valor das compras de gás natural da Bolívia em 2005 representou participação no total das importações de 69,7%, incide acima ao do ano passado. Em 2005, o montante das compras externas sul-mato-grossenses foi de US$ 1,08 bilhão.

Em nenhum outro ano, o valor das compras do insumo ficou abaixo da metade do montante das importações. Em 2016, a participação já havia sido relativamente modesta – foram adquiridos US$ 1,264 bilhão em gás natural, 54,9% do total de US$ 2,302 bilhões.

Quanto ao volume, foram comprados, em 2017, 6,34 milhões de toneladas (unidade de grandeza usada pelo MDIC) de gás natural da Bolívia. Esta quantidade está 21% abaixo a do ano anterior, de 8,051 milhões de toneladas. Também é a menor desde 2009 (6,276 milhões de toneladas).

Perdas

Balanço divulgado no fim do primeiro semestre do ano passado pela Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) mostrou que foram arrecadados, de janeiro a maio de 2017, R$ 319.637.221 em ICMS incidente sobre o gás natural. Em igual período de 2016, a receita foi de R$ 441.219.543. O recuo é de 27,55% ou, em valor absoluto, de R$ 121.582.322.

No fim do ano passado, o governador Reinaldo Azambuja estimou que Mato Grosso do Sul deva perder durante 2018 aproximadamente R$ 500 milhões de receita com o ICMS originado do gás natural.

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