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Alunos e pacientes da Apae têm tarde “mágica” e recebem presentes de Papai Noel

Ricardo Albertoni em 25 de Dezembro de 2017

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

A festa contou com o Papai Noel na animação e distribuição de presentes

A tarde de sexta-feira, 22 de dezembro, foi especial para os cerca de duzentos pacientes atendidos no Centro Especializado em Reabilitação (CER) da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que integra a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Com direito a recreação, lanche, distribuição de presentes, além da presença do Papai Noel, crianças e adolescentes de 0 a 15 anos participaram da confraternização de fim de ano organizada pelos profissionais da instituição.

O principal objetivo foi proporcionar um momento de alegria e interação entre pacientes e profissionais que durante o ano acabam estabelecendo relação de afetividade com as crianças, além de estar relacionado com a humanização do atendimento. A coordenadora do CER, Sônia Regina Sabatel, explicou que a iniciativa partiu da equipe e que todos se empenharam para a realização do evento.

“Ao longo do ano, muitas crianças da rede regular de ensino vieram encaminhadas para nós por problemas de aprendizagem, dificuldades, hiperatividade, falta de atenção e a gente vai criando aquela empatia, aquele carinho pelas crianças. Minha equipe, como é de pessoas muito jovens, teve a ideia de fazer a cartinha do Papai Noel, que acabou se tornando um momento muito aguardado por eles”, explicou ao Diário Corumbaense a coordenadora.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Rosa Andréia, de 15 anos, registrou em fotos toda a festa

A fonoaudióloga Kelly Aparecida Cuellar da Silva lembrou que a ação começou quando os profissionais decidiram apadrinhar algumas crianças da instituição. Ela explicou que as cartas são escritas com acompanhamento dos profissionais e na maioria dos casos, os brinquedos, adquiridos com ajuda de empresas e amigos, contribuem no tratamento do paciente.

“Sempre temos aquele paciente mais carente que apadrinhávamos e isso foi aumentando. Decidimos fazer para toda a instituição, muitos nos ajudaram a tornar isso possível. As cartinhas são escritas em terapia, porque algumas não têm como escrever, então, elas só recebem o presente no dia. Verificamos o que poderia ser ideal para aquela criança, às vezes um brinquedo lúdico, sonoro, que ela possa ouvir melhor e se sentir bem com aquele presente. Às vezes a gente conversa com a mãe e ela dá a opinião também sobre com o que a criança pode brincar em casa”, contou a fonoaudióloga.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

João Badiu disse que o filho evoluiu com o acompanhamento dos profissionais

Registrando toda a festa através de fotos, a aluna da instituição Rosa Andréia, de 15 anos, não perdeu um minuto do evento. De acordo com a mãe dela, Marianela Miglino Caliau, de 53 anos, o atendimento recebido pela filha é o maior presente na vida da família. “Ela gosta muito desta escola, gosta muito de vir aqui. É feliz. Não tem o que dizer sobre o que as pessoas daqui fazem pelas crianças. Pra mim, é a melhor coisa que aconteceu para minha filha e esse é o maior presente”, afirmou Marianella.

O agricultor João Badiu Conceição dos Santos, 55 anos, também tem o que comemorar. Segundo ele, o filho João Henrique Silva dos Santos, de 03 anos, que está há dois anos na Apae, evoluiu com o acompanhamento dos profissionais. “A gente não via a hora de chegar esse momento. Foi um momento que Deus preparou para ele e nós ficamos muito felizes. Graças a Deus, hoje ele já está andando. Ele ganhou o presente, mas nós também com essa evolução”, disse o trabalhador rural ao destacar a qualidade do acompanhamento que o filho recebe na instituição.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Antes retraído, Isac, no colo do pai Jeferson, recebeu presente do Papai Noel

Isac Caetano da Mota Cabral, 04 anos, recebeu o presente das mãos do Papai Noel. Para o menino “retraído” segundo o pai, Jeferson Pereira Viana Cabral, que apresentou melhora após tratamento psicológico e fonoaudiológico, o mês de dezembro é seu preferido.

“É um dia especial, desde cedo ele estava aguardando. Conversamos com ele que viria aqui e teria o Papai Noel. É o mês que ele mais gosta, participa da montagem da árvore de Natal, se envolve muito com a data. Ele está há um ano fazendo tratamento com a psicóloga e a fonoaudióloga e agora entrou no tratamento da terapia ocupacional. Antigamente ele era muito retraído, não falava nada, mas agora, qualquer pessoa que chega em casa ele cumprimenta, dá oi, já fala algumas palavras, graças a Deus está evoluindo. Isso aconteceu desde quando ele começou o tratamento aqui”, lembrou Jeferson.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Profissionais do Centro Especializado em Reabilitação não mediram esforços para realizar a festa para os pacientes

Algumas cartinhas chamaram a atenção dos profissionais pela simplicidade dos pedidos. A fonoaudióloga explicou que ao invés de brinquedos, algumas crianças preferiram pedir roupas e calçados para passar as festas de fim de ano.

“Tem algumas crianças que pediram bicicleta, tablet, e essas coisas a gente já falava que Papai Noel não poderia dar, mas na medida do possível pudemos atender os pedidos. Várias situações nos chamaram a atenção, pois tinha criança muito humilde que pedia roupa para passar o Natal, sapato porque só tinha um par, chinelo. São presentes que às vezes passa despercebido pra nós mas que pra eles é muito importante. Por essas situações, toda a nossa equipe, que muitas vezes trabalhou nas horas de folga, férias, para fazer esse momento acontecer, se sente muito feliz em poder proporcionar essa tarde de realização de sonhos”, finalizou.

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