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Cheia no rio Miranda força retirada de gado na região do Nabileque

Campo Grande News em 18 de Dezembro de 2017

Ronaldo Vídeos

Cheia causou prejuízos também em Miranda

A cheia fora de época do rio Miranda, entre as regiões do Abobral e do Nabileque, forçou pecuaristas da região a levarem milhares de cabeças de gado para regiões mais altas antes do período em que o movimento é esperado. Apesar de o pico da cheia ter ocorrido há dez dias, características da região têm feito o nível das águas baixar em ritmo mais lento.

Em 07 de dezembro, conforme informações da Defesa Civil de Corumbá, a régua de medição na região do rio Miranda no município de Corumbá superava os sete metros. “Hoje (domingo) caiu para 6,91 metro. Está em declínio, mas o Miranda é afluente do rio Paraguai, que o represa, levando à inundação dos campos no Nabileque e no Abobral”, explicou o tenente Isaque do Nascimento, coordenador da Defesa Civil de Corumbá.

Produtores rurais esperavam que as cheias na região começassem no fim deste mês. Com as chuvas que há semanas atingem afluentes do Paraguai –como o Miranda e o rio Aquidauana–, o nível da água subiu. Porém, conforme Nascimento, como as regiões do Nabileque e do Abobral estão em nível abaixo do rio principal, este acaba “represando” as águas, levando aos transbordamentos.

Organização

O coordenador da Defesa Civil explica que, quando o órgão notou aumento no nível das águas do Miranda, entrou em contato com o Sindicato Rural de Corumbá, que por sua vez acionou os produtores rurais –que se organizaram e iniciaram a retirada dos animais. Não há informações exatas sobre o número de animais removidos da região, um dos principais centros de produção pecuária de Corumbá.

“Os pecuaristas no Nabileque já vinham acompanhando a elevação das águas. Muitos se mobilizaram, tiraram o gado do campo, e outros esperam para ver se há mais evolução”, disse Isaque Nascimento, atribuindo a isso o fato de que não houve grandes prejuízos com as cheias.

As cheias no rio Miranda atingiram a cidade de mesmo nome – a 201 km de Campo Grande – já em novembro, levando a Prefeitura a decretar situação de calamidade pública.

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