Campo Grande News em 29 de Novembro de 2017
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) voltou a defender nesta quarta-feira (28) a implementação da reforma da previdência estadual. Aprovada em meio a protestos de sindicalistas na Assembleia na terça-feira (27), a proposta foi apontada por ele como necessária, mesmo que seja encarada como impopular.
Chico Ribeiro/Governo do Estado
Reinaldo afirma não temer adotar medidas impopulares para evitar prejuízos a MS
Reinaldo afirmou que um governante nunca pode titubear ao tomar atitudes administrativas, temendo efeitos negativos em sua imagem. “Não lido com popularidade, lido com responsabilidades. Se tiver de tomar outras medidas impopulares, mas necessárias, com certeza o governo vai tomar, para o Estado não sucumbir”, declarou o governador.
Como exemplo de pautas com potencial de atingir a imagem que a sociedade tem do governo, Reinaldo citou a reforma administrativa – que enxugou o número de secretarias, a partir da unificação de órgãos da gestão pública– e a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que instituiu um teto de gastos na gestão estadual. “Estou olhando para daqui a 10 anos”, disse.
Ordem
O governador também comentou as afirmações da direção da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil/Seccional de Mato Grosso do Sul), que ameaça ir à Justiça contra a reforma recém-aprovada. Embora tenha afirmado ser um direito da instituição questionar a proposta, também pediu outras ações da Ordem voltadas ao sistema previdenciário estadual.
“Para mim, a OAB deveria também analisar os processos de aposentadorias que foram pagas desde o passado, que a sociedade paga”, disparou Reinaldo. O governador também avaliou serem importantes as apurações propostas na Assembleia sobre a previdência estadual. “Tudo o que for para investigar a previdência é importante”.
Após a aprovação da reforma da previdência na terça-feira, a bancada do PT no Legislativo estadual ventilou pedir a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre a Ageprev (Agência Estadual de Previdência de Mato Grosso do Sul).
Após iniciar a coleta de assinaturas, porém, os parlamentares decidiram mudar a estratégia e solicitar uma auditoria nas contas da previdência sul-mato-grossense, que seria mais rápida e não sofreria com o recesso parlamentar, obrigando-a a suspender os trabalhos em dezembro e ser reaberta em 2018.
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