Da Redação em 06 de Novembro de 2017
Tido como o “salvador da pátria” para Ladário, o prefeito Carlos Ruso está tendo muitos problemas à frente do Executivo daquela cidade. Já enfrentou comissão de investigação na Câmara e quase foi afastado do cargo, já enfrentou debandada de funcionários, e agora, uma onda de acusações de que ele estaria forçando os servidores a trabalhar, sem a devida gratificação.
Mal entendido
Para ele, Ruso, tudo não passa de mal entendido. É a justificativa que dá todas as vezes que enfrenta problemas sérios. Além disso, o prefeito afirma que o primeiro ano de sua gestão está sendo de aprendizagem, que ele achava que era uma coisa, mas é totalmente diferente a administração pública.
E o povo pagando
Só para o prefeito aprender este ano, serão R$ 234 mil em salários, se computados os R$ 18 mil que ele ganha por mês, mais o 13º. Fica caro para o município pagar tanto assim para um gestor que não tem cuidado da cidade e vive enfrentando denúncias, de todos os lados e já deixou decepcionados os eleitores que apostaram nele.
Fora as diárias
Ruso viaja praticamente toda semana, não se sabe ao certo o que ele tanto tem a fazer em outras cidades se ele é prefeito de Ladário. Mas, fato é que, segundo o Portal da Transparência, todo mês são dois, três, quatro mil reais em diárias que saem dos cofres do município, dinheiro que poderia estar sendo aplicado em limpeza pública, combate a doenças como dengue e leishmaniose, entre outras coisas.
Redução de salários
Apesar de já ter gasto mais de R$ 300 mil em diárias este ano, Ruso faz questão de enfatizar que a arrecadação do município vem caindo e que Ladário não tem dinheiro para pagar os funcionários nem fazer obras. Em razão disso, reduziu a folha de pagamento tirando vantagens, o que levou a uma revoada que ao que parece, ainda não terminou.
Saúde
Pasta importantíssima para o município perdeu a secretária que acusou o prefeito de prometer e não cumprir. Faltam remédios nos postos e um atendimento mais condizente. O prefeito está naquela de mandar para Corumbá. Até o Pronto Atendimento ele já chegou a fechar e só reabriu porque a pressão foi muito grande.
Dizem que
Ruso estaria estressado e exaurido, antes mesmo de fechar o primeiro ano de governo. Os comentários são de que ele teria passado toda a responsabilidade da administração para uma secretária. Mas, se isso é verdade, porque ele queria tanto ser prefeito ao ponto de tentar por cinco eleições e só conseguir nesta última?
(*) Detalhe é uma coluna de opinião do Diário Corumbaense que aborda os mais variados assuntos.