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Campo Grande: homem viola 4 sepulturas e diz que era para "desfazer macumba"

Campo Grande News em 18 de Outubro de 2017

Marina Pacheco/CG News

Sepultura foi destruída pelo rapaz, preso em flagrante na tarde de ontem

Após violar pelo menos quatro sepulturas, Fabiano Alves de Oliveira, 31 anos, foi preso em flagrante na tarde de ontem (17), no Cemitério Santo Amaro, que fica na Avenida Presidente Vargas, em Campo Grande. À polícia, o rapaz disse que destruía os túmulos para desfazer macumba feita contra a família dele.

O funcionário do cemitério, Marcos da Silva Vargas, contou que há alguns dias os pedreiros que trabalham no local já tinham notado a presença de Fabiano. Mas até então, achavam que o rapaz também fazia reparos nos túmulos. Neste período, que antecede o Dia de Finados, o movimento no local aumenta.

No entanto, na tarde de ontem, os trabalhadores perceberam que Fabiano estava violando os túmulos e ligaram para a administração. Marcos foi até o local e com a ajuda de mais dois homens conseguiu deter o rapaz até a chegada da Polícia Militar. “Ele ainda tentou jogar uma pedra de mármore na gente, mas não conseguiu”, contou.

Três das quatro sepulturas foram completamente destruídas por Fabiano. Ele justificou o crime dizendo que tentava desfazer um trabalho de macumba feito para matar a família dele. “Ele gritava que os ossos enterrados na sepultura eram de bode e que havia cobra e aranha no túmulo”, relatou o funcionário do cemitério. 

Marina Pacheco/CG News

O túmulo recém construído foi destruído por Fabiano

Segundo o funcionário, duas das famílias das vítimas de Fabiano já foram notificadas. Uma das sepulturas violadas pertence aos pais de José Márcio Gonçalves Paes. A mãe dele havia sido sepultada há 5 meses. “Faz um mês que mandei construir o túmulo onde estavam enterrados meu pai e minha mãe”, lamentou. O caso foi registrado como violação de sepultura. 

Fabiano também é suspeito de ter destruído e espalhado os restos mortais, no mês passado, do túmulo da família de Zenaide Nair Bassani, 62 anos. Na ocasião, Zenaide reclamou da falta de segurança nos cemitérios. Ao todo, no cemitério Santo Amaro são mais de 41 mil sepulturas e, assim como nos outros dois cemitérios municipais, a manutenção está por conta da Prefeitura desde dezembro de 2015.

José reclama que acionou a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) para que os reparos fossem feitos, mas foi informado pelo órgão que a restauração deve ser realizada pela família. O Campo Grande News entrou em contato com o órgão e aguarda retorno. No mês passado, a Prefeitura abriu processo seletivo para contratar novos funcionários para cuidar da manutenção, administração, conservação e limpeza.