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Assembleia Legislativa concede honrarias para corumbaenses durante sessão solene

Lívia Gaertner em 17 de Outubro de 2017

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul realiza nesta terça-feira,  17 de outubro, sessão solene de entrega de Título de Cidadão Sul-mato-grossense e Comenda do Mérito Legislativo a cerca de 80 pessoas que prestaram serviços considerados relevantes para o Estado.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Prefeito Ruiter Cunha vai receber a Comenda do Mérito Legislativo

A homenagem, proposta pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, tem entre os agraciados, corumbaenses como o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira; o jornalista, publicitário e escritor Henrique Alberto de Medeiros Filho, atual presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras; e o desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Claudionor Miguel Abss Duarte. Eles receberão a Comenda do Mérito Legislativo durante a sessão programada para começar às 19 horas, no Plenário da Casa de Leis do Estado.

Outro homenageado será o padre Francisco Fábio da Costa Vieira, pároco da Igreja Catedral de Nossa Senhora da Candelária, que receberá, por proposição do deputado Paulo Siufi, o título de cidadão sul-mato-grossense.

Natural da cidade de Fortaleza, capital do estado do Ceará, padre Fábio Vieira, como é conhecido na cidade, iniciou o seminário na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo, estado onde passou a adolescência. Lá, ele viveu até os 29 anos de idade, desdobrando-se na função de professor de Ensino Religioso, Sociologia e Filosofia, quando a convite de Dom Milton Santos, atual arcebispo da arquidiocese de Cuiabá, seguiu para Campo Grande, onde concluiu os estudos em Teologia e foi ordenado padre.

“Eu misturei tudo, de todas as regiões onde vivi. Nem imaginava no mapa que existia Corumbá, mas Deus traz coisas para a vida da gente que não dá pra entender. Onde que imaginaria que moraria em Corumbá?”, disse padre Fábio ao Diário Corumbaense ao relembrar sua trajetória eclesiástica.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Padre Fábio vive há 14 anos em MS; dos quais, uma década em Corumbá

Antes de assumir a responsabilidade pela mais antiga igreja da cidade, padre Fábio permaneceu por cinco anos no distrito de Albuquerque, distante cerca de 70 quilômetros  do perímetro urbano.

“Corumbá é diferente de tudo o que existe no planeta, tem beleza e encantos, mas o que mais marca aqui é a afetividade das pessoas que é muito forte, chega a ser exagerada em alguns momentos. É um povo apegado, afetivo, ciumento, que expõe o que sente e a gente vai aprendendo a lidar com isso, com essa grande mistura que temos aqui, isso que é sui generis”, adjetivou o religioso que contabiliza 14 anos  vivendo em Mato Grosso do Sul, dos quais 10 na cidade de Corumbá.

“A missão sempre foi desafiadora em Corumbá porque há uma tendência muito forte ao folclore e a festa, mas quando chamamos um pouco para reflexão, o pessoal já vai mais devagar. Fui aprendendo a lidar com isso, como chegar sem agredir, sem tirar essa marca do afetivo, com essa realidade. Corumbá, hoje, é parte de minha vida. Até onde Deus me permitir, minha missão é aqui, sou feliz em Corumbá”, afirmou o padre, que neste mês de outubro completou 44 anos de idade.

No ano de 2013, o religioso recebeu o título de Cidadão Corumbaense e disse estar bastante feliz com a honraria da Assembleia Legislativa, garantindo que se sente “mais pantaneiro do que nunca”.

“Fiquei muito feliz por esse reconhecimento não pela vaidade, mas porque humanamente é legal, pois houve um trabalho, uma luta por essa Igreja, por essas conquistas que acabamos de ter com a Catedral tombada como patrimônio histórico do Estado e do Município, então é um legado que vai ficar para sempre, independente de governantes”, afirmou o padre.

Outros nomes que devem ser agraciados com as honrarias são o ex-governador André Puccinelli; a atual vice-governadora Rose Modesto; o reitor da UFMS, professor Marcelo Augusto Santos Turine, e o cineasta Joel Pizzini, responsável pelo longa-metragem Caramujo-Flor, baseado na obra do poeta Manoel de Barros, e pelo documentário “500 Almas”, que explora o universo mítico e existencial da cultura dos índios guatós, conhecidos como os “canoeiros do Pantanal”.