PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

No Paraguai, juiz libera membros do PCC presos com armas e droga e causa polêmica

Campo Grande News em 27 de Setembro de 2017

ABC Color

Os brasileiros Claudinei e Cícero, presos em junho, vão cumprir medidas alternativas

Presos com um arsenal e com cocaína em junho deste ano, dois brasileiros apontados como membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) vão cumprir medidas alternativas, como se apresentar todos os meses à Justiça, não podem deixar o país, não podem consumir bebida alcoólica e nem portar armas. A decisão foi tomada pelo juiz Édgar Gustavo Ramírez Rodas, de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

A medida adotada pelo magistrado paraguaio está causando polêmica na fronteira, que enfrenta uma guerra de facções criminosas pelo controle do tráfico de drogas e de armas na Linha Internacional entre Paraguai e Mato Grosso do Sul. “A Justiça tem seu preço”, protestou um morador da cidade em rede social.

O PCC é apontado pela Polícia Nacional, pelo Ministério Público e pelo governo paraguaio, como a maior e mais violenta organização criminosa em atividade naquele país, onde a facção brasileira se estabeleceu há pelo menos sete anos.

Claudinei Predebon, 33, natural de Fátima do Sul (MS), e Cícero Fernando de Lima Almeida, 27, de São Paulo, foram presos no dia 1º de junho deste ano em Pedro Juan Caballero, em operação comandada pelo promotor Hugo Volpe, que chefia a força-tarefa contra o narcotráfico no departamento de Amambay.

Na casa onde eles estavam os policiais da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) encontraram uma pequena quantidade de cocaína, 16 telefones celulares, uma caminhonete Mitsubishi Triton, duas pistolas calibre 9 milímetros marca Glock, de fabricação austríaca, cinco carregadores com capacidade para 17 disparos cada um, um carregador maior, com 30 cartuchos, 67 projéteis 9 mm, 20 cartuchos de fuzil calibre 5.56, 18 cartuchos calibre 357 e quatro caixas vazias de pistolas Glock.

Os policiais apreenderam também uma mochila tática e um cinturão tático, usados para transporte de armas e explosivos. Os dois foram identificados após o promotor Hugo Volpe pedir da Polícia Civil brasileira.