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Líder do PCC, que seria mentor de assalto à joalheria, usava nome falso em cadeia boliviana

Lívia Gaertner em 15 de Setembro de 2017

Com o apoio da Polícia Federal do Brasil, autoridades bolivianas descobriram que Carlos Roberto de Jesús, que encontra-se cumprindo pena no presídio de Palmasola, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, é, na verdade, Joelcio Marques de Souza, de 46 anos. Conhecido pelo apelido de “Magrão”, o brasileiro foi apontado como o líder do PCC em território boliviano, onde cumpre pena de 7 anos por roubo. No Brasil, Joelcio esteve preso devido a vários crimes, entre eles, roubo, sequestro e tráfico de drogas.

A confirmação da real identidade do criminoso foi feita por Gonzalo Medina, diretor da Força Especial de Luta contra o Crime (Felcc). De acordo com o jornal El Deber, a identificação foi possível graças aos registros de impressões digitais colhidas do brasileiro e enviados para serem avaliados junto ao banco de dados da polícia brasileira.

“Ele é um dos delinquentes mais procurados dos sistemas penitenciário e policial brasileiros. Enviamos as impressões digitais de todos os réus brasileiros que estão detidos nas prisões de nosso país e a Polícia Federal do Brasil conseguiu identificá-lo”, declarou Medina que atribui ao brasileiro o plano de assalto à joalheria Eurochronos, que teve como saldo cinco pessoas mortas, três assaltantes brasileiros, um policial e a gerente do local, ambos de origem boliviana, durante troca de tiros entre bandidos e policiais.

O diretor da Felcc esclarece que outros dois brasileiros também participaram do plano de assalto à joalheria na cidade de Santa Cruz de La Sierra. Seriam eles, Mariano Tardelli, que também encontra-se preso na Bolívia pelo assalto a um carro forte na estrada próximo à cidade de Roboré, e João da Silva, também apontado como membro do PCC.

Medina apoia suas declarações num laudo do Instituto de Investigações Técnico-Científica da Universidade Policial que afirmou que um dos fuzis usados no assalto à joalheria no dia 13 de julho “guarda estreita relação” com um fuzil usado no assalto ao carro-forte ocorrido no dia 30 de março.

As investigações policiais seguem sobre o roubo à joalheria Eurochronos. A Polícia Boliviana investiga se houve a participação de funcionários e até mesmo de policiais na investida criminosa que abalou o país devido a ação violenta dos assaltantes e o desfecho trágico com as mortes de vítimas entre os bandidos.