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Umidade do ar chegará ao estado de emergência no Pantanal, alerta Defesa Civil

Portal de Notícias do Governo de MS em 06 de Setembro de 2017

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Tempo seco exige cuidados especiais com a saúde, em especial das crianças e idosos

As condições climáticas se mantêm em estado crítico em Mato Grosso do Sul, durante esta semana, em razão da baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas ocasionadas pela longa estiagem e tempo seco na maioria das regiões. Conforme relatório da Coordenadoria de Defesa Civil do Estado, a região do Pantanal registrará o menor índice de umidade, nesta quinta-feira (07), chegando a 9%, considerado estado de emergência. Na segunda-feira (11) a região volta a uma situação menos intensa, com 50%.

A forte pressão, com névoa seca e nenhuma previsão de chuvas, aumenta os riscos de queimadas e problemas respiratórios. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registra mais de 1.380 fotos de incêndios em Mato Grosso do Sul, a maioria na região pantaneira.

A baixa umidade do ar se mantém em todo o Estado até domingo (10), inferior a 25%, que é um índice considerado de atenção. Segundo recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), índices inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana.

A região central, onde está localizada Campo Grande, registrou 16% de umidade nessa terça-feira (05), caindo para 14%, nesta quarta, e apenas 12%, na quinta-feira. No sábado, chega a 20%, mas volta ao estado crítico no domingo, com 13%, e na segunda-feira, 14%.

A região Sul se apresenta com o melhor índice de umidade da semana – 25% na terça-feira -, mas cai para 13% na quinta e sexta-feiras. No sábado, 20%, e ameniza o clima na segunda, com 58%. O Leste chega aos críticos 12%, na quinta-feira, oscilando entre 13% e 16% até o fim de semana.

O que significa

Segundo o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Universidade de Campinas/SP (Unicamp), a umidade do ar significa, em termos simplificados, o quanto de água na forma de vapor existe na atmosfera no momento em relação ao total máximo que poderia existir, na temperatura observada.

A umidade do ar é mais baixa principalmente no final do inverno e início da primavera, no período da tarde, entre 12 e 16 horas. A umidade fica mais alta sempre que chove devido à evaporação que ocorre posteriormente, e em áreas florestadas ou próximas aos rios ou represa, quando a temperatura diminui (orvalho).

Problemas de saúde

A baixa umidade do ar ocasiona complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas; sangramento pelo nariz; ressecamento da pele; irritação dos olhos; eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos; e aumento do potencial de incêndios em pastagens e florestas.

Cuidados

Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas; umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins, etc; sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas, etc.; consumir água à vontade.

Com a umidade entre 12% e 20% (estado de alerta), observar as recomendações do estado de atenção; suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas; evitar aglomerações em ambientes fechados; e usar soro fisiológico para olhos e narinas.

Abaixo de 12% (estado de emergência), observar as recomendações para os estados de atenção e de alerta; determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10 e 16 horas como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência, etc.; determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados como aulas, cinemas, etc., entre 10 e 16 horas; durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças, hospitais, etc.

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