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Poder público ouve comunidade pantaneira sobre instalação de nova escola

Fonte: Campo Grande News em 04 de Agosto de 2017

Representantes do poder público e da ONG (Organização Não Governamental) Ecoa irão até a pequena comunidade pantaneira Barra do São Lourenço, entre os dias 8 e 9 de agosto, para ouvir a população sobre o local da nova escola da região.

O estabelecimento de ensino atualmente fica em um ponto da vila constantemente afetado pelas cheias, não apenas prejudicando a aprendizagem, mas colocando em risco a vida dos estudantes.

A comunidade fica em uma área que pertence ao município de Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande. Participarão do encontro o MPF (Ministério Público Federal), secretaria municipal de Educação, Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, Superintendência do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul, UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

Iasmim Amiden / Ecoa

Escola da comunidade fica atualmente em local afetado pelas cheias

O grupo aproveitará o momento para ouvir as necessidades dos moradores da Barra do São Lourenço para entender a situação em que eles vivem, seja de ensino, moradia, ocupação do território e uso dos recursos naturais.

Do encontro poderão sair encaminhamentos para medidas que resolvam os problemas daquelas pessoas.

As principais reivindicações da população da comunidade é a falta de saneamento básico adequado e a estrutura das casas que em sua maioria não são adaptadas, além de conflitos territoriais enfrentados por eles.

Melhorias

Recentemente, a Ecoa conseguiu parceiros que projetaram e viabilizaram a construção de casas sustentáveis para alguns moradores da Barra. Como dependem de patrocínio, somente quatro famílias foram beneficiadas e a entidade continua em busca de verbas para erguer mais moradias.

Elas são feitas com placas fabricadas a partir do reaproveitamento de alumínio, plástico e resíduos industriais. O material já existia, mas era pouquíssimo usado. As casas foram instaladas longe do chão sobre estruturas de aço galvanizado que não deterioram.

Além disso, elas são totalmente desmontáveis. Se toda a comunidade precisar migrar para lugares mais altos nas cheias mais severas, as casas podem ser levadas nos barcos.

Todas as residências têm telas nas janelas e um sistema de reaproveitamento da água da chuva, já que em períodos de decoada, quando o nível de oxigênio da água cai, o líquido fica impróprio para uso. Também foram implementados banheiros com fossas biodigestoras, que devem minimizar a incidência de verminoses, principalmente nas crianças.

Por ser um local distante da civilização, também foi implantada uma pequena central elétrica que funciona com energia solar para gerar iluminação na pequena vila.

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