Rosana Nunes com Campo Grande News em 20 de Julho de 2017
Foi levado para Anastácio na tarde desta quinta-feira (20) o corpo de Diogo André dos Santos Almeida, de 19 anos, para ser velado e sepultado em sua cidade de origem. Diogo foi morto num confronto com as Polícias Militar e Civil, após os assassinatos do ex-vereador de Campo Grande, Cristóvão Silveira, e da mulher dele, Fátima Silveira, no fim da tarde de terça-feira (18) na Capital.
Desde a madrugada de quarta-feira, as equipes policiais tentavam localizar dois indivíduos que vieram para Corumbá com o veículo das vítimas, uma caminhonete Triton L200, que seria levada para a Bolívia. A PM interceptou a dupla ainda na BR-262, a um quilômetro do posto fiscal do Lampião Aceso. Houve perseguição e na fuga, os indivíduos saíram da pista e o veículo capotou, indo parar em um barranco. Diogo e um comparsa conseguiram escapar deste primeiro cerco.
Na tarde do mesmo dia, equipes mistas das Polícias Militar e Civil cercaram os suspeitos na estrada da Bocaina, próximo a saída para a BR-262. Houve troca de tiros e Diogo Almeida, sobrinho do caseiro Rivelino Mangelo, envolvido no crime, foi baleado. Ele foi socorrido pelos próprios policiais, mas chegou morto à Santa Casa de Corumbá. Diogo era velho conhecido da polícia por ter extensa ficha criminal. Dentre os crimes, diversas passagens por furto, roubo, tráfico, ameaça e homicídio.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Helicóptero da Segurança Pública de MS auxiliou nas buscas a suspeito nesta quinta-feira
Nesta quinta-feira (20), a Polícia manteve o cerco na região para prender o suspeito que dirigia a caminhonete. “Ele não teve participação ativa nas mortes, mas ajudava a levar a caminhonete até a fronteira”, comentou o delegado Pablo Gabriel Farias da Silva, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Corumbá.
Até o final da tarde, ele não havia sido preso. Equipes da Polícia da Capital e um helicóptero vieram para Corumbá reforçar as buscas pelo suspeito.
Crime premeditado
Diogo era sobrinho distante do caseiro Rivelino Mangelo, de 65 anos, responsável por arquitetar a morte do patrão, o ex-vereador da Capital, Cristóvão Silveira, e da mulher dele, Fátima Silveira.
Além do rapaz, morto, foram presos Alberto Nunes Mangelo, de 20 anos e Rogério Nunes Mangelo, de 19, por associação no latrocínio. Eles são filhos do caseiro. Por volta das 13h30 de terça-feira (18) o caseiro acionou a Polícia Militar dizendo que um grupo havia invadido a chácara e feito o patrão dele refém. Ele tinha escapado para buscar ajuda. Com o pé machucado, o caseiro foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) à Santa Casa. A equipe policial, então, foi até a propriedade e encontrou os dois corpos no galpão. A mulher estava parcialmente nua e queimada.
Desconfiados da versão do caseiro, os policiais do Batalhão de Choque e civis foram até a unidade de saúde e apreenderam três celulares com ele. Nos aparelhos, foram encontrados vários áudios em que o caseiro, os filhos e o sobrinho planejavam o roubo do veículo e a morte do casal, há pelo menos uma semana.
O caseiro foi preso e entregou os outros acusados de envolvimento no crime. Os corpos do casal foram sepultados na tarde desta quinta-feira, na Capital.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
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