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Queda no preço da gasolina não chega às bombas dos postos de combustíveis de Corumbá

Da Redação em 19 de Julho de 2017

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Preço da gasolina em Corumbá está variando entre R$ 3,82 e R$ 3,83

Corumbaenses que percorreram nos últimos dias cidades do interior de Mato Grosso do Sul e encontraram gasolina no valor de R$ 2,99 a R$3,19, não gostaram nada de retornar à Cidade Branca e encontrar o combustível ao preço médio de R$ 3,83.  “No começo deste mês viajamos para Campo Grande e encontramos o litro da gasolina no valor de R$ 3,19. Para ir de Corumbá para Campo Grande gastei R$ 268,00 para abastecer e no retorno, paguei R$ 185,00 em Campo Grande. É um valor gritante que nos faz questionar o motivo de a gasolina em Corumbá não ter queda no preço. Fiquei curioso para saber o motivo desta diferença”, frisou o professor Rodrigo Cabral, de 30 anos.

O preço da gasolina teve quedas consideráveis em Mato Grosso do Sul no último mês. Conforme informou a ANP (Agência Nacional do Petróleo), o litro chegou a ficar R$ 0,14 mais barato, mas não chegou às cidades da fronteira.

A justificativa dada pelos gerentes dos postos de combustíveis de Corumbá é que o preço que repassam aos consumidores fica à cargo das distribuidoras. “Estamos repassando aos clientes o preço que pegamos da distribuidora. A última redução que recebemos das distribuidoras foi dia 06 de junho, no valor de R$ 0,03, extremamente baixo, logo, não há como vender combustível nos valores aplicados em outras cidades de Mato Grosso do Sul”, afirmou ao Diário Corumbaense o gerente Waldomiro Santos.

O preço da gasolina em Corumbá está variando entre R$ 3,82 e R$ 3,83. O diesel está sendo revendido pelo valor de R$ 3,46 e R$ 3,47 e o etanol, de R$ 3,18 e R$ 3,19 o litro. “Trabalhamos de acordo com os índices das distribuidoras e nem temos indicativo de queda nos preços. Estamos sim sendo questionados por nossos consumidores sobre essa diferença de preços em relação a outras cidades do estado, mas, o que temos a dizer é isso, dependemos de nossa distribuidora. Geralmente essa queda demora a chegar nas regiões de fronteira, aqui em Corumbá, acabamos tendo o combustível mais alto do Brasil, pois temos gastos com  transporte, a distância influencia muito nos preços”, afirmou ao Diário outro gerente de posto de combustíveis, Sérgio Urquiza.

Manoel Firmino precisa da gasolina para o carro da família e para embarcação de pesca

Para quem precisa do combustível para trabalhar, resta apenas aguardar que a redução nos preços chegue à Corumbá, como é o caso do pescador Manoel Firmino, de 63 anos. “Utilizo o combustível tanto para me locomover com carro quanto para abastecer o motor da embarcação. Comprar gasolina acima de R$ 3,80 pesa no orçamento, pois você acaba tendo que aumentar o preço do pescado no final, deixa o carro para não gastar muito combustível. Quem mora em Corumbá e não recebe essa diminuição no preço, sofre muito, gasta muito e não há nada que se possa fazer a não ser esperar”, disse o consumidor.

Pesquisa ANP

A pesquisa da ANP realizada entre os dias 09 a 15 de julho, aponta que em Campo Grande é possível encontrar gasolina com preço mínimo de R$ 3,12 e máximo de R$3,39; a cidade de Três Lagoas apresenta preços mais elevados com variação de R$ 3,54 a R$ 3,89; em Corumbá os preços podem variar entre R$ 3,75 e R$ 3,83. Na semana passada, o preço do litro da gasolina chegou a ser vendido por R$ 2,99 em bairros da Capital.

Na terça-feira, 18, a Petrobras anunciou uma redução dos preços do diesel em 0,7 por cento e da gasolina em 0,6 por cento nas refinarias a partir desta quarta-feira (19), o que significa que dentro de alguns dias, a tabela de combustíveis sofrerá  novas mudanças.

No final de junho, a Petrobras anunciou que poderia fazer alterações de preços do óleo diesel e da gasolina diariamente, a depender das oscilações do produto no mercado externo. Isso quer dizer que o preço pode subir ou cair de um dia para o outro. De acordo com o Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes), o preço da gasolina é formado por: 43,6% do produto em si; 25,4% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços); 19,5% de fretes e margens de lucro; e 11,6% de tributos federais. Com informações R7 e Reuters.

Comentários:

Diego da Silva Moraes: Antes o problema era a balsa. Agora que tem a ponte parece que ficou mais caro o transporte pra cá, voltemos a usar a balsa então.

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