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Flores dos ipês desabrocham e embelezam outono corumbaense

Da Redação em 15 de Junho de 2017

Há aproximadamente uma semana, quem vive em Corumbá ou passeia pela cidade está tendo o privilégio de contemplar a beleza das flores roxas dos ipês. A floração aconteceu pouco depois do desabrochar das barrigudas, espécie famosa do pantanal por apresentar caule espinhoso e inchado, como se estivesse “barriguda”. As flores do outono enchem os olhos de quem as vê. Nos morros, terrenos, canteiros e quintais, por todo o lugar da cidade, a intensa coloração em meio ao verde gerado pelos dias mais úmidos tem chamado a atenção.

Os ipês têm uma sequência de floração, primeiro florescem os roxos, depois os amarelos e brancos e, por último, surgem os rosados, conforme a explicação da bióloga Marina Daibert, gerente de Arborização Urbana da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal. Ela afirmou que não há explicação lógica para o fenômeno, mas, apesar de serem todos ipês, cada cor representa uma espécie distinta.

Renê Márcio Carneiro/PMC

Flores de outono enchem os olhos de quem as vê

É comum no outono as árvores perderem suas folhas e muitas delas gerarem flores, mas por causa das cores, as que mais são vistas são as dos ipês e das barrigudas, essas últimas muitas vezes confundidas com o ipê rosado. No outono, as árvores perdem as folhas com o intuito de se protegerem do período seco, já que é por elas que se faz a clorofila e é feita sua transpiração. Sem as folhas, as plantas reservam energia para si e podem segurar a pouca umidade que existe nessa época. Como este ano está chovendo mais que o normal para a estação, as cores vivas das flores estão se destacando em meio ao verde intenso do pantanal.

Quando conseguem florir, os ipês produzem os frutos e as sementes que são espalhadas com o vento, por pássaros e insetos, a fim de garantir a perpetuidade da espécie na natureza. Os ipês roxos começam em junho e podem ser vistos até agosto, quando começam a florescer os amarelos. Muitos ipês naturais do Brasil, porém, de outros biomas, têm sido plantados na cidade, já que são árvores belas e que, por serem menores que os encontrados no pantanal, não atrapalham a fiação elétrica. Há mais de cem espécies de ipês espalhados pelo País.

Na zona urbana de Corumbá, os locais mais estratégicos para contemplar as flores do outono são nos morros que circundam o Anel Viário e o bairro Cristo Redentor. As tonalidades que variam do branco, passam pela cor rosada e chegam aos mais fortes tons de roxo saltam do imenso verde e formam, naturalmente, paisagem digna dos mais belos quadros de grandes artistas plásticos. No entanto, os moradores mais atentos vão perceber que essa beleza também pode ser vista nas calçadas da cidade.

Em meio à correria do dia a dia, da ansiedade do século XXI, as flores do outono mostram ao mundo outra faceta da vida: feita pacientemente de etapas, beleza e serenidade. A contemplação das flores é hoje. Que a pressa e os afazeres de cada dia não nos deixem admirá-las somente no ano que vem. Com informações da assessoria de comunicação da PMC.

Renê Márcio Carneiro/PMC

Comentários:

Lincoln Rodrigues Alonso: Morei em Corumbá em 2014. Tenho ótimas lembranças da cidade e dos amigos com quem convivi naquele ano. Tenho muitas fotos das flores dos ipês. Lembrava que floresciam em épocas distintas, mas não lembrava da sequência. No artigo sobre as flores do outono, pude relembrar a beleza indescritível daquelas floradas. Parabéns Diário Corumbaense, parabéns Corumbá. Até qualquer hora.

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