Ricardo Albertoni em 27 de Maio de 2017
Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Diácono conta que até imagem de santo já foi levada pelos ladrões
De acordo com o diácono Hiata Anderson Flores de Souza, responsável pela administração da paróquia, os produtos furtados, especialmente a impressora, comprada a prazo e que não teve nem a primeira parcela paga, são utilizados em benefício da comunidade. “A impressora furtada custou cerca de R$ 2.200 comprada a prazo. Além disso, os criminosos levaram o computador com os arquivos da igreja. Esses produtos não são da igreja, são da comunidade, que se reúne e colabora com o dízimo para ter essa organização. São materiais utilizados para o benefício da própria comunidade, seja uma certidão de batizado, casamento, ou até mesmo a realização de um curso”, afirmou o diácono ao Diário Corumbaense.
Janela foi arrombada para furto de impressora recém comprada pela comunidade
Entre os furtos realizados este ano, tanto dentro da igreja como nos anexos, estão objetos como liquidificador, aparelhos de som, pequenas quantias em dinheiro provenientes do dízimo, objetos utilizados durante as celebrações das missas e até mesmo a imagem de gesso de São José Operário, fato que já havia acontecido em 2014, quando bandidos levaram um imagem de bronze do santo. O diácono disse que deve discutir com a comunidade a possibilidade de ampliar o sistema de segurança. Ele apontou ainda que suspeita que o terreno baldio na lateral da igreja pode ser um dos acessos dos criminosos.
“Nós tínhamos instalado um sistema de alarme, mas acabou não funcionando dessa vez, porém, vamos estudar a possibilidade de um sistema completo de segurança inclusive com câmeras. Já pensamos em colocar cerca elétrica, vidro no muro, mais grades. Um grande problema é um quintal do lado que deveria ser mais bem cuidado que acaba se tornando uma área de acesso ao pátio da igreja. Na planta da Prefeitura diz que ali é uma rua, mas outras pessoas dizem que é particular, fica esse jogo de empurra, ninguém assume a responsabilidade”, destacou Hiata Souza.
O membro da igreja faz um desabafo sobre o sentimento de impotência diante das frequentes ações dos criminosos. “O assunto é sério, mas eu cheguei até a brincar dizendo que estamos querendo deixar um café da manhã para essas pessoas, porque não tem o que fazer. Nós ficamos indignados, frustrados, por conta da falta de respeito. Não é um bem particular, eles pertencem à comunidade. São pessoas que às vezes deixam de comprar coisas para o benefício próprio para contribuir com a igreja. São pessoas simples do próprio bairro que doam para que a igreja funcione”, concluiu.
Procurada por este Diário, a Polícia Militar informou que todas as noites faz ronda naquela região para coibir roubos e furtos, mas vai intensificar o patrulhamento ostensivo. A PM também pede aos moradores para que entrem em contato pelo 190 e deem informações sobre suspeitos que estão agindo no local. Isso vai ajudar a deter os ladrões, de acordo com a corporação.
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