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Uso de celular em sala de aula pode gerar advertência e suspensão na Rede Estadual

Da Redação em 25 de Maio de 2017

Foi publicada no último dia 18 de maio, no Diário Oficial do Estado (Doe), a resolução número 3.280, de 17 de maio de 2017, que dispõe sobre o Regimento Escolar das unidades da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul. Na publicação, 116 artigos são destinados aos estudantes, professores, coordenação e direção das escolas.

Entre as regras para a comunidade escolar, o artigo 82 trata sobre proibições aos estudantes, como o uso do celular e outros aparelhos eletrônicos em sala de aula, quando não utilizados para fins pedagógicos. Além disso, a proibição do consumo do tereré em ambiente escolar.

Diretor de escola, Jonas de Souza, reforçou que proibição já fazia parte das regras

Na escola estadual Maria Leite, segundo o diretor Jonas de Souza, a proibição do celular e do tereré já fazia parte das regras. “Uma das questões sobre o consumo do tereré, por exemplo, é passar gripe para outros estudantes através da bomba do copo. Além da sujeira que alguns alunos já fizeram com erva mate”, disse. No entanto, o diretor informa que se o professor com antecedência planejar aulas com o uso do celular, com objetivo de trazer conhecimento para os alunos é permitido.

Para a professora de história também da escola Maria Leite, Rosa Cristina, o celular pode ser utilizado de maneira correta dentro da escola. “Para pesquisas, seminários, o uso é vantajoso, costumo usar em sala aula. Mas, quando tem prova eu recolho todos os aparelhos dos alunos”, contou. Segundo ela, os estudantes estão acostumados a andar com o celular, o que dificulta muitas vezes, fazendo com que se distraiam durante a aula. “O celular ajuda muito. Mas, para o aluno que só quer saber de redes sociais, tirar selfie, ouvir música, é complicado. Falta maturidade para eles saberem o momento para a utilização”, avaliou ao Diário Corumbaense.

Ainda de acordo com a professora Rosa, o consumo do tereré já causou problema na escola. “É preciso que se tenha responsabilidade. Porque o tereré pode sujar, lógico que é uma riqueza cultural, mas em sala de aula às vezes os alunos saem e a sujeira fica lá, sem contar os riscos à saúde por causa do compartilhamento da bomba", concluiu.

Geração conectada

A estudante do terceiro ano do ensino médio,  Vanessa dos Santos, de 18 anos, acredita que o uso do celular possui vantagens e desvantagens em sala de aula. "Acredito que o aparelho tira a atenção. Mas, pegar para pesquisar pode ser vantajoso", comentou. Sobre o tereré, a jovem acredita que não vai fazer falta, mesmo com o costume dos corumbaenses e o calor da cidade.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Estudantes não veem problemas em usar o celular para fins pedagógicos

A aluna Gabriela Lima, de 18 anos, também do 3° ano, tem o hábito de tomar tereré, mas nunca tomou na escola por causa das regras. "Passaram para gente que era proibido. Já o celular, a proibição não acho muito válida porque podemos usar em nosso benefício. A escola poderia fazer até um aplicativo para usar. Mas, eu sei que por causa de alguns alunos que não têm maturidade para usar, o restante é prejudicado", opinou

Outras proibições permanecem como fumar e levar bebida alcoólica dentro do ambiente escolar; ausentar-se da escola sem autorização; roupas impróprias e nem descaracterizar o uniforme da rede estadual de ensino. O aluno não pode promover grupos a fim de fazer algazarra, causar danos materiais, agredir fisicamente colegas, professores e demais funcionários. As penalidades, aplicadas de acordo com a gravidade da falta e frequência dos atos, vão desde a advertência verbal e escrita à suspensão e transferência de escola.