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Artesãos de Ladário já podem contar com carteira profissional e expor em eventos nacionais

Da Redação em 22 de Maio de 2017

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Artesãos ladarenses produzem os mais variados produtos, como peças em crochê

Na última sexta-feira (19), artesãos de Ladário puderam se cadastrar e receber a Carteira Nacional do Artesão e Trabalhador Manual. Essa carteira possibilita aos artistas exporem seus trabalhos em âmbito nacional, comprovar a profissão, garantir descontos em produtos para produção, bem como expedir notas em suas compras. A possibilidade é uma parceria entre a Fundação Municipal de Cultura de Ladário e a Gerência de Desenvolvimento de Atividades Artesanais da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul

O cadastro realizado pelos artesãos ladarenses faz parte do programa Artesanal Brasileiro,  uma plataforma online. Os artistas precisaram apresentar documentos pessoais, como RG, CPF, uma foto 3x4, uma peça pronta e uma peça para finalizar, comprovando a técnica trabalhada. “O cadastro é aprovado online, mas,  como estamos fora da sede, as carteiras só chegarão daqui uns dias para a Fundação de Cultura de Ladário que irá repassar aos artesãos. Com a carteira Nacional, além  de comprovar a atividade profissional, ele pode expor suas peças na Casa do Artesão de Campo Grande, de Três Lagoas e Aquidauana, além de várias feiras nacionais, as pessoas pedem a comprovação da profissão. Outro benefício é do artesão que necessita tirar nota do produto, então vai na Agência Fazendária, preenche um cadastro de artesão, onde ele precisa apresentar a carteira e consegue isenção do ICMS, dentro do Estado de MS e fora do estado, ele ganha uma redução, ou seja, a carteira traz diversos benefícios”, explicou ao Diário Corumbaense, Júlia Maria Campos de Menezes, da Gerência de Artesanato da Fundação de Cultura de Mato grosso do Sul.

Cadastro vai permitir muito benefícios aos artesãos

Neuza Barboza de Andrade , 63 anos, é artesã ladarense há mais de 20 anos e fez questão de se cadastrar. “No meu caso é uma renda complementar. Minha principal dificuldade é quando vou vender e preciso dar uma nota fiscal. Faço crochê, pintura, telha, barbante, EVA e me sinto realizada com minha profissão, logo, não poderia deixar de ter uma comprovação de meu trabalho”, frisou.

Atualmente a Fundação de Cultura de Ladário está fortalecendo as relações com os artesãos. De acordo com  Antoninha Guimarães Farias, diretora-presidente da Fundação de Cultura do município, de janeiro até este mês, já foram cadastrados 30 profissionais que trabalham com arte manual. “Conseguimos uma parceria com a Fundação de Cultura do Estado, para profissionalizarmos esses artesãos que viviam no anonimato. Desta forma, trabalharão gerando renda e garantindo diversos benefícios. Fomos atrás destes artesãos, chamando-os via redes sociais, via carro de som. Hoje temos uma laço forte, pois estamos desenvolvendo o Cultura na Praça que ocorre no primeiro dia de cada mês, valorizando o artesão local e gerando renda para as famílias. Além disso, estamos estudando o retorno da exposição dos artesanatos na Fundação de Cultura, para que tenham um ponto fixo de vendas”, afirmou a este Diário.

Fundação de Cultura pensa em reativar um espaço fixo para exposição das peças artesanais

Maria Terezinha Carvalho da Silva, 64 anos, também trabalha há mais de 20 anos com artesanato. Algumas amigas a levaram para o Lions Clube para aprender trabalhos manuais, gostou e exerce a arte até hoje. “Vim me cadastrar para que tenha descontos em compras de materiais de produção e para regularizar, pois ser artesão é profissão, é renda, no meu caso, é uma das fontes de renda da minha família. Hoje, vendo em casas de amigos, por encomenda, trabalho com crochê, garrafas enfeitadas, pinturas. Isso, além de me fazer bem, é algo que amo e me auxilia a pagar as contas de casa”, concluiu.  

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