PUBLICIDADE

Sonho materno deu forças para Cristiane lutar em busca de gestação natural

Da Redação em 14 de Maio de 2017

Fotos: Camila Cavalcante/Diário Corumbaense

Cristiane e Paulo aproveitam todos os momentos ao lado do pequeno Lucas

Foram cerca de 5 anos lutando pela gestação natural. O instinto materno de Cristiane Sabadin, 33 anos, em nenhum momento faltou. “Foram anos de sonhos, nunca deixei de sonhar com o meu filho Lucas. Ouvi médicos dizerem que eu não engravidaria, ou muitas coisas negativas e, em momento algum, desisti desse sonho”, afirmou a mãe do pequeno Lucas Matheus, de 1 ano e 4 meses.

Cristiane é um exemplo de luta pela maternidade. Enfrentou diversos problemas de saúde: ovário policístico, problemas nas trompas, endometriose e trombofilia. “A maternidade é um sonho realizado. Ter meu filho, de forma natural, é o milagre da minha família. A gestação do Lucas foi uma grande batalha. Quando descobri que estava esperando meu tão sonhado filho, fiquei sabendo também que estava com trombofilia, que é um problema no sangue, e que o sangue não chegaria ao bebê. Para que o feto se desenvolvesse, tive que tomar injeções na barriga todos os dias. Hoje, é essa festa em minha casa, é nossa razão de viver”, contou Cristiane ao Diário Corumbaense.

Até o nascimento do Lucas, Cristiane passou por muitos desafios de espera, de angústia e de perdas. Ela perdeu o bebê de sua primeira gestação. Mas apoiando Cristiane nesta luta, esteve sempre ao seu lado, o marido, Paulo Bruno, 36 anos.

“Ouvir dos médicos que minha esposa não engravidaria e que o aconselhável era uma inseminação artificial faziam com que eu buscasse forças e a apoiasse nos tratamentos. Viajamos para Campo Grande, Belo Horizonte, investimos neste sonho e quando tive o Lucas pela primeira vez nos braços, vi que todo momento minha esposa estava certa. Eu via nela a certeza de seu sonho, a certeza de mãe e por isso a apoiava cada vez que recebíamos uma negativa médica. Ver minha família com saúde, a Cristiane e o Lucas, é a maior bênção que podíamos ter recebido”, afirmou Paulo.

Cristiane enfrentou cinco anos de muita luta até chegada do filho tão desejado

O próximo sonho de Cristiane? Ser mãe novamente. Isso mesmo. A trombofilia na segunda gravidez não a fez desistir, pois assim como ela lutou pelo Lucas, lutará para que sua família aumente. “Não sabemos ao certo daqui quanto tempo, mas, a certeza que tenho é que quero ser mãe novamente para que o Lucas possa ter um  irmãozinho, ou irmãzinha, para crescer. Confio na minha segunda gestação assim como acreditei na primeira, tenho fé que assim como eu e minha família vencemos até aqui, seguiremos nosso caminho sendo abençoados”, afirmou Cristiane.

Sonhos e luta. Assim Cristiane descreveu ver a figura materna para os filhos. “Que minha história de luta, de acreditar, de ter fé e de amar, inspire as mães, as famílias. O maior bem que temos é a família. Não é fácil concretizar um sonho, mas é possível; esperar não é algo fácil, mas é necessário. Ter meu filho saudável, minha casa cheia de brinquedos, de alegria, vê-lo desenvolvendo todos os dias é uma realização, é um ato de sonhar e de lutar a cada dia”, concluiu Cristiane.

A história: um pedido de mãe

Cristiane é tia do jovem jornalista Michel Lorãn, que faleceu em 2016, de um aneurisma, aos 25 anos. A história de Cristiane chegou até o Diário Corumbaense através da mãe de Michel, Maísa Amaral. “Olá, Camila Cavalcante, vi sua publicação procurando uma mãe para fazer uma matéria especial para a data. Tenho minha cunhada, Cristiane Sabadin, ela fez tratamento por 5 anos, fez duas cirurgias e tomou injeções durante toda a gravidez, ela tem trombofilia. O meu sobrinho está com 1 ano e três meses. O Michel estava vendo um momento para poder fazer uma entrevista com ela nesta data, pois foi uma luta muito grande. Com certeza, o Michel ficará muito feliz em saber que você fez essa matéria. Eu, como mãe e amiga do Michel, sei de alguns sonhos que ele tinha e vou fazer o possível de cumpri-los pra ele. Um dos sonhos dele, Camila, era esse,  ele queria muito dar de presente pra tia dele essa matéria quando o Lucas completasse seu 1º aninho de vida”, escreveu Maísa.

Este é o primeiro Dia das Mães de Maisa sem a presença do Michel. Todos acompanham a batalha desta mãe para superar a falta de seu filho e a  interrupção precoce de seus planos. Mesmo em um momento como esse, de dor, ela viu a possibilidade de amar o filho através da realização de outras mães, viu a possibilidade de ter o filho um pouco mais perto. Que a história da Cristiane seja um presente de Dia das Mães à Maisa Amaral. Não dá para saber que esta seja a mesma narrativa que seria contada pelo Michel, mas tentamos levar aos nossos leitores o amor e fé desta família. 

Arquivo Familiar

Maisa tem luta diária para enfrentar a falta do filho Michel

PUBLICIDADE