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Torcida mostrou toda sua força na conquista do título estadual do Corumbaense

André Navarro em 07 de Maio de 2017

Fotos: Johonie Midon/Diário Corumbaense

Sem dúvida, Carijó da Avenida contou com um forte, determinado e ferrenho “camisa 12”

Em campo um jogo difícil, disputado, catimbado. Nas arquibancadas e na geral, uma torcida que não se entregou, cantou, vibrou, gritou e até mandou uns palavrões pra cima do juiz. O resultado de tanta determinação fez a vibração soar e ecoar, no gramado e dentro de campo, onde juntos, jogadores e torcedores comemoraram o trabalho desenvolvido ao longo do Campeonato Estadual de Futebol Profissional 2017.

Durante três meses, o Carijó da Avenida contou com um forte, determinado e ferrenho “camisa 12”. Torcedores que fizeram festa, que foram complacentes, que deram bronca, que viveram cada jogada, que sentiram cada dor da contusão, mas principalmente, que acreditaram que o título era possível e que se juntaram ao time, de corpo e alma, para soltar o grito que há 33 anos, desde 1984, estava preso na garganta: “É campeão”.

Negão, autor do gol do título de 84 e Cláudio Mineiro, ex-técnico do Carijó

Na arquibancada, uma figura ilustre, o autor do gol que garantiu o campeonato de 1984 estava lá. Negão roía as unhas, deixava as lágrimas escorrer, às vezes, e queria reviver aquele momento ímpar de sua vida. “O coração agora bate mais forte. Só a gente estando do outro lado para saber como é, mas essa garotada está fazendo história como eu fiz”,  disse ao Diário Corumbaense, feliz em poder ser campeão mais uma vez com o Corumbaense, desta vez, como torcedor.

“Nós não conseguimos o campeonato, mas ajudamos a construir esse caminho”, disse Cláudio Mineiro, um dos melhores laterais direitos do Brasil e que foi técnico do Galo Pantaneiro. “Hoje, nós temos uma alegria muito grande porque nós conseguimos, na categoria de base, fazer alguns jogadores que estão participando do Corumbaense”, afirmou.

Seu Geraldino, aos 77 anos, não quis perder a oportunidade de ver o Corumbaense campeão pela 2ª vez

Junto a Cláudio e Negão estava outro campeão de 84, Carlinhos "Mamãe", que também não se esquece do ano de glória e que vibrou muito com a nova conquista. “Passa um filme na cabeça da gente, né. Estamos renovando, vivendo a alegria com essa torcida maravilhosa”, comemorou ele que, mesmo antes do jogo, já dizia não ter dúvidas de que, desta vez, o campeonato seria mesmo do Carijó.

Mas, outros personagens estavam na torcida, ajudavam a empurrar o Galo Pantaneiro, se emocionavam a cada jogada e se embraveciam a cada marcação do juiz que fosse contrária ao time da casa. Com o rosto pintado de preto e branco, usando a camisa do clube, com a camisa do clube mesclada com aquele, do time do coração, de todo jeito o torcedor expressou seu amor pelo time que agora vai representar Corumbá em nível nacional, na Série D do Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil.

A emoção foi tão grande, que teve torcedor que não conteve o choro

Geraldino Pereira de Almeida, de 77 anos, estava  muito emocionado em poder ver outro título do Corumbaense, mas afirmou que a emoção foi a mesma. “Agora, multiplica, são duas estrelinhas”, lembrou. Assim como Geraldino, José Rodrigues dos Santos também estava com o coração batendo a mil, “transbordando de felicidade, pensei que fosse morrer sem ver isso acontecer, mas estou aqui, comemorando o título”, afirmou.

Os dois, disseram ter outro desejo ainda, ver a ampliação do estádio acontecer para que o torcedor possa, no mínimo, assistir ao jogo. É que foram vendidos muitos ingressos para as arquibancadas cobertas e, muita gente que não conseguiu lugar para se sentar, ficou em pé, sem conseguir enxergar o campo.   

Torcedores soltaram o grito que há 33 anos, desde 1984, estava preso na garganta

As mulheres foram destaque na torcida corumbaense

Faz tempo que o Arthur Marinho é frequentado pelas mulheres. Elas acompanham os maridos, levam os filhos, às vezes vai a família toda. São amantes do futebol e apaixonadas pelo Corumbaense, até mais que os homens. Elas vibram, sabem cantar todos os hinos, sabem xingar também e já entendem muito bem das regras do futebol e dos esquemas técnico e tático.      

As mulheres mostraram que também sabem torcer pelo time do coração

Sem estatística oficial, facilmente dava para ver que, pelo menos 40% do público da decisão era feminino. E que privilégio para esse time ter uma torcida assim, até porque elas manjam mesmo. Mandam avançar, parar a jogada, melhorar o sistema de defesa, ser mais ofensivo. Mas o grito que mais se ouviu delas foi o “ai, tira daí”, que foi quando o adversário chegou com perigo próximo ao gol do time da casa.

Eliane Moreira da Silva frequenta o estádio desde pequenininha, quando a mãe, dona Jorgina, lavava a roupa do Corumbaense. “Estou muito feliz com esse título, emocionada realmente”, disse a comerciante. Assim como ela, a turismóloga Marju Venturine também estava emocionada. “Esse amor que o corumbaense tem pelo time, essa torcida, isso faz a gente arrepiar e gostar cada vez mais de vir ao estádio”, afirmou.

Pelo telão

Com todos os ingressos vendidos para a decisão, a Prefeitura montou um telão, do lado de fora do estádio Arthur Marinho (que tem capacidade para 5 mil pessoas), para que os torcedores pudessem acompanhar o jogo. A programação começou pela manhã, com roda de samba e ação social de entidades assistenciais. Na hora da partida, todo mundo parou para ver os lances e também comemorar o título estadual. Veja mais fotos da torcida no site Vitrine Virtual  

Do lado de fora do estádio, torcida acompanhou transmissão do jogo pelo telão

 

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Comentários:

carlos roberto de andrade: muito bom ver o carijo , campeao novamente ....somos bicampeoes.... da serie A...1984 e 2017....e campeao pela serie B....2006......onde onde tudo recomeçou pois em 2005 quando o carijo voltou a disputar o campeonato estadual......parabens a todos os envolvidos na conquista de 2017.....

Marcos Lima da Silva: A torcida Corumbaense foi Fantástica!! Mostrou que aqui o Futebol é paixão e que precisamos de um estádio Maior...agora, vamos falar a verdade...Alguém acreditou que só tinha 5 mil pessoas no Arthur Marinho ontem?? hahaha.