Caline Galvão em 26 de Abril de 2017
Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Estudantes da escola JPG interagiram com grupo de dança
De acordo com Lucimeire Montenegro de Freitas, coordenadora da Oficina de Dança, participam hoje da Oficina 700 alunos e 24 deles realizaram apresentações na tarde de terça-feira na escola. “Em todas as partes do mundo tem essa manifestação por causa do dia 29, para chamar a atenção para a importância da dança na formação do indivíduo. Nós, da Oficina de Dança, resolvemos comemorar de maneira diferente. Propomos um projeto em que a dança fosse aos locais principalmente que têm menos acesso”, disse Lucimeire.
Segundo ela, é uma forma que os alunos podem vivenciar novas realidades e sair da centralização da dança no palco. “Eu quero que eles sintam a realidade porque a dança está em todo lugar, então a gente não pode acreditar que a dança é só a questão do palco. Espero que eles possam verificar o quanto é importante a dança, que eles saibam que o que fazem não é bom só para eles”, afirmou Lucimeire.
Bruna de Castro, professora de dança da Oficina e que também se apresentou na escola, espera que a dança possa ser levada para o maior número de pessoas. “A gente não quer só passar a dança, mas a gente quer que eles sintam a nossa energia e procurem também alguma coisa para se identificarem com a dança. A dança representa tudo para mim, é o meu trabalho, minha vida, meu amor, em tudo o que expresso eu uso a dança”, disse Bruna ao Diário Corumbaense.
Objetivo é fazer com alunos vivenciem novas realidades e saiam da centralização da dança no palco
A bailarina Patrícia Ximenez faz parte da Oficina de Dança há 14 anos e ingressou nela quando ainda era estudante. Para ela, o trabalho que está sendo desenvolvido nesta semana mostra à sociedade que a dança pode estar em qualquer lugar e em qualquer hora. “A dança faz com que a gente contagie as pessoas, que a gente leve talvez a alegria porque quando a gente dança, pelo menos para mim, a gente esquece os problemas, se a gente está brava ou triste, é uma forma de se desestressar, de soltar o corpo”, disse Patrícia. A bailarina relatou a emoção de ter dançado no asilo, que foi a primeira apresentação da semana. “Eu tirei uma senhora para dançar e ela dançou comigo o salão inteiro. A dança mostrou que eles podem se divertir também. Com a dança, a gente se libera”, afirmou Patrícia.
Celenir Magalhães Rodrigues, professora e coordenadora da área de linguagem da Escola Estadual Júlia Gonçalves Passarinho, acredita que a escola é o local onde se deve mais propiciar todo tipo de expressão artística. “Eu acredito que a escola é o quintal que mais deve incentivar toda e qualquer arte, em especial, a arte da dança que vem da música do som, do movimento, que é a cara da juventude. A dança é um instrumento que ensina o inter-relacionamento, o respeito ao espaço do outro, assim como a atenção devida que se deve ter a esses momentos como memorização, é uma arte que ensina você a se comunicar com o povo ao mesmo tempo em que isso exige uma troca do respeito pelo trabalho do artista”, afirmou a professora.
A estudante Lívia Roas, de 14 anos, disse que nunca tinha visto outro grupo de dança, a não ser o da própria escola, se apresentando na instituição. Ela achou as apresentações bastante interessantes. “Gostei muito. Só tinha visto apresentação dos alunos daqui mesmo, mas de fora não. Gostei de todas as apresentações, músicas diferentes, foi bem legal, foram divertidas”, afirmou a adolescente.
A programação de apresentações da Oficina de Dança durante esta semana é a seguinte:
Dia 26/04 - UNEI às 10h e CAIJ às 19h
Dia 27/04 - Centro de Oncologia às 15h
Dia 28/04 - Presídio Feminino às 10h e Presídio Masculino às 14h
Dia 29/04 - Apresentação na Sede Própria da Oficina de Dança às 17h (rua Antônio João, 90)
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