Trinta anos depois, Corumbaense chega à final do Estadual e garante vaga em competições nacionais

Reprodução TV Morena

Corumbaense fez 3 a 1 no Operário e chega à final após 30 anos

Difícil, mas não impossível. Essa foi a declaração do técnico Douglas Ricardo ao Diário Corumbaense antes da viagem do time a Campo Grande para enfrentar o Operário no jogo decisivo da semifinal do Campeonato Estadual da Série A. Após perder o primeiro confronto por 1 a 0, o Galo Guerreiro precisava vencer o Galo da Capital por dois gols de diferença.

Na ocasião, o treinador considerou o placar relativamente mais fácil do que a missão quase cumprida quando ele comandava o Ivinhema no ano passado contra o mesmo Operário. Naquele jogo, o Azulão que tinha perdido em casa por 3 a 1 na primeira partida, chegou a devolver o placar no Morenão, e só não avançou por ter campanha inferior à do seu adversário. Com esse exemplo passado pelo treinador do Carijó da Avenida, os jogadores entraram em campo acreditando na possibilidade.

Com campo ruim, devido à chuva e jogos realizados nos dias anteriores e ainda a participação do jogador Eduardo Arroz, envolvido em toda polêmica em torno do Operário na competição, o Corumbaense ignorou as situações adversas e fez o que era até então considerado um “milagre”.

Mesmo com a vantagem sobre o adversário, o Operário se mostrou nervoso desde o início do jogo. Aos 30 minutos do primeiro tempo, após uma confusão entre o jogador do Operário Agnaldo e Mutuca, do Corumbaense, foram expulsos, Paulinho do Operário e Rafael do time pantaneiro. Depois de quase dez minutos de paralisação, a situação começou a se desenhar favorável ao Corumbaense. Juninho cruzou, Kareca escorou e Rodrigo fez o primeiro gol.

Três minutos depois, William recebeu na frente, ganhou na velocidade dos zagueiros operarianos e marcou o segundo gol. Um minuto depois, o Operário teve um pênalti marcado a seu favor. Rodrigo Gral bateu, Diego defendeu, mas o atacante estava livre para marcar o primeiro e colocar o Operário no jogo.

Não deu tempo para o time da Capital comemorar. Após um bate e rebate na área do Operário, Juninho marcou o terceiro aos 42 minutos. No segundo tempo, o Operário foi para o ataque para tentar chegar ao segundo gol e garantir a classificação, mas foi segurado pelo Carijó da Avenida. O Corumbaense ainda teve chances de ampliar o jogo, mas foi um lance já nos acréscimos que garantiu a classificação para a final. O goleiro Diego fez uma defesa "salvadora", à queima-roupa, e o jogo ficou em 3 a 1.

O Carijó da Avenida reescreve sua história. A equipe de 2017 chega a uma final de Série A depois de 30 anos. A última, foi em 1987, contra o Comercial, no complicado campeonato estadual daquele ano. O time pantaneiro ainda garantiu vaga na Copa do Brasil e na Série D do Campeonato Brasileiro em 2018.

O Corumbaense enfrenta no próximo domingo (30), o Novoperário, que vai pela primeira vez disputar uma final depois de empatar com o Sete de Dourados, campeão estadual em 2016, em 0 a 0. O Novo havia vencido o primeiro confronto por 1 a 0. Por ter melhor campanha que o adversário, o time de Corumbá tem a vantagem do empate nos dois jogos e fazer a segunda partida em casa, diante de sua torcida. O Corumbaense poderá levantar a taça no Arthur Marinho 33 anos depois de seu primeiro e único título na elite do Campeonato Estadual, em 1984. (matéria editada para atualização de informação)