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Em 13 anos, número de cavernas brasileiras catalogadas quadruplica

Portal Brasil em 20 de Abril de 2017

As cavernas catalogadas pelo Centro de Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), passaram de 4,4 mil, em 2004, para 16,4 mil, em 2017.

Os estados com maior número são Minas Gerais (6,4 mil), Pará (2,6 mil), Bahia (1,3 mil) e Rio Grande do Norte (958).

Os dados são do Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (Canie), lançado em 2004 por meio da Resolução nº 347 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

Insumos para gestão

O Canie, administrado pelo Cecav, armazena e disponibiliza dados essenciais para a gestão do patrimônio espeleológico brasileiro com informações sobre área protegida, atividade antrópica (do homem), hidrologia, microbiologia, paleoclima, vestígios arqueológicos, paleontológicos e histórico-culturais.

“O objetivo é facilitar cada vez mais o acesso à informação, tornando a interface mais amigável, e aumentar o nível e a quantidade dos dados inseridos”, afirma o coordenador do Cecav, Jocy Brandão.

Das 16,4 mil cavernas catalogadas no Canie, 5,4 mil (33%) estão dentro de unidades de conservação (UCs) municipais, estaduais e federais. Dessas, 60% são UCs federais, geridas pelo ICMBio. “É uma das principais preocupações do Instituto que as cavernas estejam protegidas nas unidades de conservação e que as medidas de proteção sejam praticadas”, enfatiza Brandão.

Sobre esses desafios, Brandão ressalta a importância de formular e implantar planos de manejo espeleológicos. “Por meio desses planos, o gestor da unidade pode planejar as formas de uso das cavernas e definir as estruturas necessárias”, destaca.

Um dos destaques de gestão espeleológica é o Parque Nacional das Cavernas do Peruaçu, em Minas Gerais, com grutas consideradas entre as mais bonitas e importantes do mundo. Outra unidade de conservação que protege significativo patrimônio espeleológico é o Parque Nacional do Ubajara, no Ceará.

Mais recentemente, o ICMBio criou os parques nacionais da Furna Feia, no Rio Grande do Norte, e da Serra da Gandarela, em Minas Gerais, para também reforçar a conservação do patrimônio espeleológico brasileiro.

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