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Bombeiros e policiais militares discutem reflexos da reforma da previdência

Ricardo Albertoni em 20 de Março de 2017

Com o objetivo de atualizar informações a respeito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, sobre a Previdência, representantes da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul, discutiram o assunto nesta segunda-feira (20), no Sindicato Rural de Corumbá. O evento contou a presença do presidente da Associação no Estado, Edmar Soares da Silva, que acompanha as discussões nacionalmente e aproveitou para esclarecer dúvidas dos participantes. Ao Diário Corumbaense, Adamor Abreu de Oliveira Filho, representante regional da associação explicou que a reunião teve o objetivo de esclarecer o assunto aos militares.

Ricardo Albertoni

O evento contou a presença do presidente da Associação no Estado, Edmar Soares da Silva

“Nós nos reunimos com a categoria para esclarecer, já que existem diversas informações sobre a Previdência e achamos por bem trazer nosso representante da executiva para tirar dúvidas porque ele está acompanhando nacionalmente. A informação que ele está trazendo é mais contundente, mais atualizada, então é para esclarecer como vai ficar a previdência dos militares”, explicou Adamor a este Diário.

De acordo com o diretor regional, a classe segue atenta, aguardando os desdobramentos. “Agora é aguardar, porque nós somos forças auxiliares e as forças federais por enquanto ainda vão aguardar as decisões. Criou-se uma comissão em Brasília para tratar dos militares, onde nós estamos inseridos, então, vamos aguardar por enquanto, mas nós estamos bem atentos, ajudando a população em todos os movimentos porque não é só os militares que têm prerrogativa. Temos que olhar o futuro dos jovens, dos nossos filhos, dos nossos irmãos, então é por isso que estamos alicerçando as informações, estamos empenhados", concluiu o dirigente sindical.

O que prevê a reforma da previdência

Se aprovada, a PEC vai fazer com que o trabalhador contribua com o INSS durante 49 anos e ter no mínimo 65 anos para poder se aposentar. Regra válida para homens e mulheres. Além disso, o tempo mínimo de contribuição para se conseguir o direito à aposentadoria passa de 15 para 25 anos. A aposentadoria especial dos professores será alterada e nenhum deles poderá se aposentar com menos de 55 anos e menos de 20 anos de contribuição. A proposta prevê também que a aposentadoria por invalidez só seja concedida em caso de acidente de trabalho.

Os dependentes de pensão por morte também ficam com direitos reduzidos, o cônjuge só receberá 50% do salário de benefício, e menores de 21 anos receberão 10%. O trabalhador rural perde a garantia de segurado especial e passa a contribuir com a Previdência pagando alíquota estimada de 5% e a regra da idade mínima também vale para a categoria. Os servidores públicos terão que contribuir com pelo menos 25 anos e a alíquota da categoria passa de 11% a 14%, a regra da idade mínima também é válida para este caso.