Da Redação em 20 de Março de 2017
O governador Reinaldo Azambuja disse, em Guia Lopes, onde cumpriu agenda no domingo (19), que a Polícia Federal, Ministério Público e Justiça prestaram um desserviço ao fazerem “um estardalhaço” diante da operação que identificou irregularidades em três frigoríficos com unidades de produção em 12 estados. “Não se trata de defender os maus funcionários e empresários corruptos, que devem ser punidos com rigor. O que nos causa preocupação é por que essa pirotecnia, desqualificando toda a carne brasileira. Isso é muito ruim, prejudicial ao mercado e ao país. Será que tem algum pano de fundo nisso tudo?”
Chico Ribeiro
Reinaldo comentou sobre operação da Polícia Federal, durante evento em Guia Lopes da Laguna
Segundo Reinaldo, o Brasil já enfrenta resistências de países, como Estados Unidos e Austrália, em razão do crescimento das exportações brasileiras, por isso acredita que o superdimensionamento de “casos pontuais” e isolados possa ter alguma razão. Para o governador, “não se pode criminalizar toda a carne brasileira por causa de alguns maus funcionários e empresários corruptos, em prejuízo a toda uma cadeia produtiva”.
“Há 5 mil frigoríficos em todo o País e se há uma investigação há dois anos os culpados já deveriam estar presos. É um erro da investigação em passar a impressão que todos os frigoríficos agem de má fé em prejuízo ao consumidor. A certificação sanitária no Brasil é reconhecida internacionalmente, a carne produzida aqui é considerada de alta qualidade”, afirmou o governador, lembrando que “a operação monstruosa, como foi passada à imprensa”, não corresponde ao tamanho do mercado e qualidade da carne brasileira”.
Reinaldo disse que vai se reunir com entidades do setor pecuário e avaliar com o Ministério da Agricultura o impacto do estardalhaço da Polícia Federal em uma operação que descobriu irregularidades em uma fração mínima da indústria frigorífica”.
Investigação
A Operação "Carne Fraca" realizada pela Polícia Federal, faz parte de uma investigação que envolve frigoríficos em um esquema criminoso, que segundo as autoridades "maquiavam" carnes vencidas, com ácido ascórbico e as reembalavam para conseguir vendê-las.
As empresas, então, subornavam fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para que autorizassem a comercialização do produto sem a devida fiscalização. Esta carne imprópria era destinada para consumo interno e à exportação, segundo a investigação. Com informações da assessoria de comunicação do Governo do Estado.
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