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Estudo faz mapeamento dos córregos na zona urbana de Ladário

Da Redação em 10 de Março de 2017

Uma pesquisa capitaneada pela Fundação Municipal do Meio ambiente, através de um termo de cooperação mútua com o curso de Engenharia Ambiental, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campus de Campo Grande, está fazendo o levantamento do curso dos córregos que cortam a zona urbana de Ladário. O trabalho vai facilitar ações como a implantação de drenagem, a proteção dos cursos d’água e, até, a determinação dos limites territoriais do município.

Fotos: Divulgação PML

Projeto, que deve ser concluído até maio, quer reunir dados para ordenar tanto as questões ambientais, como a drenagem urbana

“Como não havia nenhum tipo de estudo sobre os cursos d’água daqui, essa pesquisa é pioneira”, afirmou Andréia Victório, presidente da Fundação de Meio Ambiente de Ladário. “O grupo está fazendo as análises do solo e da água, está pontuando em GPS, o que define o curso da água que corre toda a área urbana do município”, explicou a presidente.

O objetivo do projeto, que deve ser concluído até o mês de maio, é ter uma base de dados para ordenar tanto as questões ambientais, como a drenagem urbana. É que, com o conhecimento dos cursos da água para saber como eles funcionam, pode-se ajudar também a secretaria de Infraestrutura a escoar o acúmulo da precipitação pluviométrica de forma ordenada.

Além disso, segundo Andréia, será possível acabar com uma polêmica antiga que envolve os municípios de Corumbá e Ladário, a delimitação da divisão das duas cidades. “Geralmente, os limites dos municípios são definidos por cursos d’água”, afirmou ela, que, entretanto não quis adiantar nada sobre o assunto, até porque ele é polêmico e as informações têm que ser precisas.

A polêmica em torno do assunto começa com a quantidade de córregos existentes. “Fala-se em dois, o Córrego do Teixeira e o Córrego do Chico”, pondera a presidente, que afirma ainda que existem controvérsias sobre isso. Sejam quantos forem, o fato é que eles são muito grandes e cortam Ladário como veias fazendo curvas e voltas em grandes extensões.

“O estudo ainda não está concluído, quando terminarmos os levantamentos eles serão apresentados em uma audiência pública”, afirmou Andréia a respeito da pesquisa denominada “Estudos técnicos dos cursos d’água do município de Ladário, com utilização de ferramentas de sensoriamento remoto”.

A pesquisa está sendo feita com custos mínimos para não onerar os cofres do município. São cinco estagiários de Engenharia Ambiental, que faziam parte do Projeto Rondon e já conheciam Ladário. Eles coletam os dados e levam para a capital do Estado, onde eles são tabulados. Na cidade elas têm o apoio da Fundação do Meio Ambiente que coloca estrutura e funcionários à disposição, ampliando assim a equipe.

Alunos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) fazem o levantamento do curso dos córregos que cortam a zona urbana de Ladário

Saber por onde os córregos passam é importante porque, em vários casos, eles formam veios por baixo de casas e terrenos, dificultando a terraplanagem e a drenagem de muitos locais e provocando inundações em época de chuvas. Entretanto, a pesquisa também visa levantar os dados a respeito da qualidade da água, através de amostras que são coletadas e levadas para análise em Campo Grande.

Na capital são feitas a análise físico-química e a análise bacteriológica, e também é lá que acontece o processamento das imagens de satélite. Um trabalho que é complexo e que já vem sendo executado há algum tempo, encontra-se em fase final e até maio deve desvendar os mistérios das águas que correm por cima e por baixo da terra em município ladarense.  As informações são da Assessoria de Imprensa PML

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