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Carnaval irresponsável: vale pagar o 'preço'?

G1/Bem Estar em 27 de Fevereiro de 2017

Chegou o carnaval. Para muitos brasileiros, um dos momentos mais aguardados do ano. Não só pela alegria, diversão, encontros, música, bebida e dança; mas por tudo o que isso significa. Isso mesmo. Carnaval significa também liberdade. Exatamente assim. São os  esperados dias do ano em  que as pessoas se “soltam” de suas amarras cotidianas de rotina e de trabalho e  tudo parece ser permitido.

As pessoas transformam-se nas  suas fantasias e os beijos espontâneos, a bebida incontida e a transa rápida e descompromissada acontecem sem que as consequências sejam avaliadas previamente.

Passada a quarta feira de cinzas, fantasia guardada, a conta pode chegar pesada para o personagem real. Por isso, vale sempre lembrar e esclarecer algumas dúvidas.

Divulgação

Beijo na boca em pessoas doentes e sexo sem camisinha podem levar sérios riscos à saúde



- Quais doenças podem ser transmitidas pelo beijo?
 
Até beijar na boca pode exigir alguma seletividade. Isso mesmo. Afinal, o beijo na boca pode transmitir doenças como herpes, mononucleose infecciosa, candidíase oral (que é um fungo conhecido como “sapinho”) ou até mesmo a sífilis. Por isso, se depois de algum beijo você observar alguma lesão na boca, mesmo que seja indolor e que desapareça, vale a pena procurar um médico para avaliar. Principalmente se surgirem também gânglios no queixo ou no pescoço.

- Como cuidar da ressaca?
 
O dia seguinte de quem tomou “todas” pode não ser fácil. Dá dor de cabeça, enjoo, moleza, diarreia, vômitos, mau humor e vontade de não fazer nada. Pois é. O corpo foi intoxicado pelo álcool e está pedindo um descanso. Para melhorar, o melhor a fazer é tomar muita água e comer leve, de preferência com bastante carboidratos. Macarrão é uma excelente pedida. Frutas frescas também ajudam. Descanse e durma para recompor suas forças. Não há mágica que cure a ressaca. Só esperar.
 
- O que é a profilaxia pós exposição?
 
Importante saber: quem teve uma relação sexual suspeita, com risco de adquirir o  HIV, pode comparecer a um serviço de saúde – que pode ser um Pronto Socorro público, UPA ou outros serviços da rede de urgência ou emergência-  o mais rapidamente possível para receber gratuitamente as medicações antirretrovirais, que devem ser tomadas por  por 28 dias.  Isso é o que se chama Profilaxia Pós Exposição. Deve ser iniciada idealmente de 2 a no máximo 72 horas após a exposição. A pessoa exposta deve ser acompanhada pela equipe de saúde por 90 dias.
 
- Quanto tempo depois da relação desprotegida devo tomar a pílula do dia seguinte?
 
A pílula do dia seguinte é uma contracepção de emergência. Está indicada para as mulheres que tiveram uma relação sexual desprotegida. Consiste em um ou dois comprimidos  com doses altas de hormônios que tem por objetivo impedir a ovulação ou impedir a formação da camada uterina onde o óvulo fecundado pode se implantar. No entanto, se a implantação do óvulo fecundado já aconteceu a gravidez prossegue. Por isso a pílula do dia seguinte não é abortiva. É vendida sem receita médica e deve ser tomada o mais rapidamente possível, até no máximo 72 horas após a relação sexual desprotegida.

- Deve-se usar camisinha para fazer sexo oral?
 
É importante saber que a camisinha deve também ser utilizada no sexo oral, para evitar a transmissão de algumas doenças como, por exemplo, HPV, sífilis ou herpes. Não é só o sêmen que pode transmitir as doenças sexualmente transmissíveis. Lesões na pele do pênis como verrugas, bolinhas vermelhas que parecem espinhas ou pequenas bolinhas de água podem significar algumas destas doenças que podem ser  evitadas com o uso do preservativo.
 
Cuidem-se. O carnaval responsável geralmente é muito melhor e não dá nem dor de cabeça nem efeitos colaterais inesperados e indesejados depois que terminar.

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