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Nova chefia quer Embrapa Pantanal como fórum de discussões do bioma

Da Redação em 21 de Fevereiro de 2017

Empossado nesta terça-feira, 21 de fevereiro, o novo chefe-geral da Embrapa Pantanal, pesquisador Jorge Antonio Ferreira de Lara, quer ver a unidade de pesquisa como um fórum neutro para discussões de temas relacionados ao bioma. A solenidade trouxe a Corumbá o presidente nacional da Embrapa, Maurício Antônio Lopes.

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Cerimônia oficial de posse foi realizada no auditório da Embrapa Pantanal

“Temos que medir até que ponto a sociedade quer um Pantanal sustentável e com isso, ver as oportunidades que o Pantanal pode oferecer para o nosso país e continente. Esse limite não vem só da Embrapa, tem que vir de toda a sociedade e de instituições que possuem técnicos para vermos o que queremos deixar para as próximas gerações e o que queremos como sociedade, para que produtores e pessoas que vivem do Pantanal possam mantê-los assim”, afirmou Jorge Lara durante entrevista coletiva.

O novo chefe da unidade, que assumiu o cargo em outubro do ano passado em cerimônia interna, destacou ainda o conhecimento que a Embrapa Pantanal tem para oferecer para o Brasil. “Estamos no Pantanal há 42 anos, temos muitas informações geradas ao longo desse tempo. Muitas políticas públicas foram feitas baseadas em dados da Embrapa. Com essa ideia queremos desengavetar muita coisa que está presente e que foi feita, buscar onde estão as falhas e oportunidades de pesquisas para transformar isso em dados, e principalmente, transferir para a sociedade, para que as pessoas possam conversar, discutir e verificar dentro do arsenal de informações que a Embrapa tem o que, efetivamente, pode se tornar tecnologia, informação e conhecimento para que possamos transformar a Embrapa, cada vez mais, num bom servidor para a população”, completou.

Em entrevista, presidente nacional da Embrapa destacou atuaação do novo chefe da unidade (ao lado)

Jorge Antonio Ferreira de Lara é graduado em medicina veterinária pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), fez mestrado e doutorado em ciência de alimentos pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e pós-doutorado em biotecnologia animal na Universidade de São Paulo (USP). O pesquisador, que possui formação complementar em administração de empresas pela Fundação Dom Cabral, foi chefe-adjunto de Comunicação e Negócios na unidade de pesquisa pantaneira, gerenciou três projetos em rede da Embrapa e atuou como membro do comitê gestor do portfólio de aquicultura da empresa. Ele substitui a bióloga Emiko Kawakami de Resende, que esteve à frente da Embrapa de Corumbá de 2001 a 2005 e de 2010 a 2016. O mandato dele é de três anos, podendo ser renovado por outros três.

Função estratégica

O presidente nacional da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, acompanhou a cerimônia de posse no auditório da unidade corumbaense. Ele destacou a importância da Embrapa Pantanal no contexto nacional. “Essa unidade tem importância fundamental para a rede da Embrapa. Trata de um espaço diferenciado, que atua no bioma Pantanal. É extremamente importante para o país, tem função estratégica pela diversidade biológica e como espaço de produção para o agronegócio brasileiro. Temos uma produção forte, a agropecuária no Pantanal cobre dois estados brasileiros”, disse o presidente.

Também participou da posse da nova chefia-geral, o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira. Ele ressaltou que a presença da Embrapa em Corumbá permite ao Município formalizar parcerias para o desenvolvimento sustentável da região. “É importante termos a Embrapa no nosso bioma Pantanal, ela é fundamental para a realização de parcerias, que já temos, para incrementar mais a possibilidade de buscar alternativas e agregar conhecimentos e subsídios fundamentais para o crescimento da região. É também importante termos um órgão técnico e pesquisador estudando o bioma para saber o que pode ser implantado aqui”, completou o chefe do Executivo Municipal.

Ao lado do presidente nacional da Embrapa, prefeito Ruiter Cunha destacou atuação da unidade corumbaense

Sediada em Corumbá desde 1975, a Embrapa Pantanal desenvolve projetos voltados para as áreas de agricultura familiar; agroecologia e agricultura orgânica; ciência e tecnologia de alimentos; conservação e uso de recursos genéticos; ecologia e manejo de fauna; ecologia e manejo de recursos pesqueiros; fontes alternativas de energia; gestão de biodiversidade; gestão e conservação de recursos hídricos; mudanças climáticas globais; manejo de pastagens nativas e produção pecuária sustentável. A unidade corumbaense mantém uma equipe formada por 40 pesquisadores e tem 129 funcionários.