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Bolívia tem ferrovia praticamente pronta para corredor, afirma ministro

Da Redação em 13 de Fevereiro de 2017

Após apresentar o projeto do Corredor Ferroviário Bioceânico Central ao governador Reinaldo Azambuja, o ministro de Obras Públicas, Serviços e Habitação da Bolívia, Milton Claros Hinojosa, disse que seu país tem a via praticamente pronta. No entendimento dele, isso representa vantagem se comparar a proposta com o planejamento dos corredores sul e norte de transporte.

“Na Bolívia temos praticamente 80% dessa via construída. Isso nos dá uma vantagem muito grande em relação a outros projetos, como os discutidos entre Brasil e Peru. Trabalhamos há três anos nessa proposta. O que ainda falta é definir uma aliança com o Brasil. Esse projeto é para transporte de carga e também, posteriormente, para passageiros”, explicou o ministro boliviano durante entrevista coletiva na sede da Prefeitura de Corumbá.

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Ministro Hinojosa disse que Brasil é fundamental para sequência de projeto bioceânico

Hinojosa disse que o corredor bioceânico vai integrar os países sul-americanos através da ferrovia. Segundo o ministro, os primeiros passos para essa integração já foram dados juntamente com os governos do Peru e do Paraguai. Agora, é necessário que o Brasil encampe a ideia.

O maior país da América do Sul é visto como “sócio estratégico” para o desenvolvimento do projeto. “A nós, interessa a participação brasileira, que tem um mercado grande para exportações e importações. Temos um estudo de viabilidade, a Bolívia investiu 7 milhões de dólares”, argumentou o ministro de Obras Públicas informando que na segunda quinzena de março a Bolívia sediará uma reunião sobre o tema, que desperta interesses de países como Alemanha e China em ajudar no financiamento.

No começo deste ano, houve a assinatura de um memorando de entendimento entre Paraguai e Bolívia, autorizando estudos que permitam a interconexão ferroviária entre os dois países, possibilitando acesso do Paraguai ao Oceano Pacífico (por meio do Peru) e da Bolívia ao Oceano Atlântico (via hidrovia Paraguai-Paraná).

O Corredor Ferroviário Bioceânico Central liga os portos do Brasil e Peru cruzando o território boliviano.

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