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Reinaldo diz que reforma fará fusões e Governo terá no máximo 11 secretarias

Campo Grande News em 02 de Fevereiro de 2017

O governo de Mato Grosso do Sul fará fusões de secretarias estaduais e reduzirá o número de pastas de 13 para, no máximo, 11, de acordo com o chefe do Executivo Estadual, Reinaldo Azambuja (PSDB). Nesta quinta-feira (02), ele deu início aos trabalhos da Assembleia Legislativa e reiterou que a reforma terá demissão de comissionados e remanejamento de servidores.

Alcides Neto/Campo Grande News

Governador do Estado, Reinaldo Azambuja

As fusões devem abranger também fundações e autarquias, conforme apurou o Campo Grande News. A nova estrutura já está pronta, dependendo apenas de ajustes finais. “Com esta ação, Mato Grosso do Sul, que já é o segundo estado com menos gastos com a máquina pública, deve ser o primeiro do País, pois ficará mais enxuto e equilibrado”, afirmou. Quando a atual gestão assumiu o governo, no início de 2015, o Estado tinha 17 secretarias, que foram diminuídas para 13. “Desta vez, devemos ficar entre 10 ou 11”.

Reinaldo assegura que não haverá extinção de secretaria, mas sim fusão de áreas que são similares, “sem perder a qualidade do serviço e gerando economia”. A ideia é gastar menos com o governo, para, segundo o governador, investir mais com a população. “Pois entendemos que não é quantidade que importa, mas sim qualidade do serviço”

O projeto com a reforma administrativa ainda não foi finalizado, portanto, ainda não foi apresentado na Assembleia Legislativa. As mudanças trarão ao governo o “tamanho ideal”. “Assim diminuímos o fluxo de custeio e de pessoal, trazendo economia”. As tratativas sobre a nova alteração na estrutura do Executivo Estadual começaram quase no fim de 2016. A afirmação do governo foi de que a reforma é necessária para que o Estado não entre no vermelho.

Abertura do ano legislativo

Depois de um 2016 de crise política e econômica, 2017 será um “ano decisivo” e precisará de parceria ainda maior entre o Executivo e Legislativo estaduais, na avaliação do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que abriu os trabalhos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul nesta quinta-feira. Em seu discurso, ele fez um breve balanço dos 12 meses anteriores e falou sobre a expectativa para os próximos.

“Mato Grosso do Sul está melhor em saúde, educação, segurança, infraestrutura e gestão pública. Em 2016, tivemos um desafio, pois existia uma crise financeira e de representabilidade”. O governador explicou que existia um ambiente político desgastado, que acirrou o “convívio” entre o governo e a sociedade.

Reinaldo atribuiu a situação a problemas estruturais, corrupção, má gestão de serviço público e “desrespeito com o orçamento”. “A economia em extrema dificuldade, então novos equívocos ou omissão podem nos levar para uma situação pior. Tivemos PIB negativo, inflação acima da média, contas do setor público em déficit. Agronegócio já começa a sofrer com o mercado e a renda média do cidadão não para de cair, com todos os estados brasileiros em caos financeiro”, elencou.

Diante de tudo isso, em um cenário amplo, o Estado conseguiu aprimorar a governança para “atravessar este momento”, de acordo com o governador. Ele ainda afirmou que o governo conseguiu reduzir os gastos, resultando no cumprimento dos pagamentos de salários e 13º dos servidores estaduais. “Cumprimos 71% das nossas metas e fizemos uma gestão técnica e política. Nós não vamos nos acomodar, temos muitas demandas ainda”.

Para Azamvuja, 2017 será um “ano decisivo”, no qual o Executivo precisará do Legislativo Estadual nas principais demandas e citou a saúde e a reforma na previdência. “Têm de ter uma parceria ainda maior, por questões cruciais, como o equilíbrio na previdência e responsabilidade fiscal nas contas públicas. É um remédio amargo, mas necessário para o futuro”.

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