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Lixo jogado pela população piora a situação de alagamentos em Corumbá

Caline Galvão em 20 de Janeiro de 2017

Enquanto a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos mapeia os pontos da cidade que ficaram alagados com a chuva do dia 12 de janeiro, o órgão tem limpado e desobstruído as galerias que estavam acumuladas de lixo. Resíduos de diversos tipos, desde lixo doméstico a galhos de árvores entupiram várias galerias e, por isso, a situação dos alagamentos em Corumbá ficou crítica. O mapeamento está sendo realizado para descobrir outros possíveis motivos para o acúmulo de água nas vias e como o município poderá resolver o problema.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Galerias já estão quase todas desobstruídas; consequência do entupimento provocado pelo lixo é o alagamento de ruas e casas

“Estamos encontrando muitas galerias, valas e canais com lixo assoreado prejudicando bastante o escoamento das águas pluviais. Nós estamos encontrando vários tipos de lixo, inclusive resíduos sólidos que é o lixo popularmente conhecido como entulho, material de capinação, de roçada, que geram entupimento parcial ou total das galerias”, afirmou Ricardo Ametlla, secretário de infraestrutura e serviços públicos.

A consequência imediata desse lixo acumulado é o alagamento de ruas e residências, podendo ocasionar situações mais graves como aconteceu no beco da Candelária, quando materiais desceram pela encosta por causa do grande entupimento na galeria daquele local, conforme Ametlla explicou ao Diário Corumbaense. Para evitar esse tipo de problema, a população deve observar os coletores de resíduos sólidos e a programação que a Prefeitura tem de coleta de galhos e lixo comum em todos os bairros e seguir os horários corretos de colocar o lixo para fora da casa.

Na parte baixa da cidade, o serviço de coleta de galhos está funcionando normalmente. Na parte alta, esse trabalho havia sido paralisado, porém, o secretário autorizou, na quarta-feira (18), o reinício do serviço. Ele lembra que materiais relativos à construção e obras, o município não recolhe. “A gente quer lembrar à comunidade que a administração Ruiter Cunha de Oliveira tem somente 20 dias de atuação, então nós estamos também tomando ciência da estrutura que está funcionando para ir adequando conforme nossas necessidades e interesses da municipalidade”, afirmou Ricardo Ametlla.

Lixo deixado próximo à boca-de-lobo pode descer pela vala quando chover, consequentemente poderá ir às galerias e ser jogado ao rio

De acordo com a superintendência de serviços públicos, a coleta de galhos em Corumbá é feita semanalmente. Na primeira semana do mês, ela passa pelos bairros Guarani, Guatós e Nova Corumbá. Na segunda semana atende aos bairros Jardim dos Estados, Popular Nova e Nossa Senhora de Fátima. Já na terceira semana, além de toda a parte baixa da cidade (abaixo do trilho), a coleta de galhos passa pelo Aeroporto e Popular Velha. Na quarta semana do mês, o Centro América, Cristo Redentor, Industrial e Previsul são atendidos.

A maior parte das galerias já está desentupida, segundo Ricardo Ametlla. Ele lembra que o objetivo principal das galerias é coletar água pluvial que escorre pela pavimentação e direcioná-la no final ao rio. Isso implica dizer que o lixo deixado pela população e é arrastado pelas águas das chuvas até as galerias é lançado inevitavelmente no rio. “O lixo vai parar no rio com a água da chuva até o momento em que ele entope a galeria, aí a água já não vai seguir seu curso normal e vai começar a invadir, alagar casas e ruas, é uma consequência imediata”, finalizou Ametlla.

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