Uol Esportes em 30 de Dezembro de 2016
1 - Ritmo de competição
Se Ronda está sem lutar desde novembro de 2015 e viveu período sabático neste ano, Amanda alcançou o topo em 2016. Ela venceu Valentina Shevchenko em março e se alçou à condição de desafiante de Miesha Tate em julho, quando se tornou a primeira brasileira campeã no UFC. Agora, volta subir ao octógono cinco meses depois. Isto é, num intervalo de oito meses, a baiana de 26 anos terá lutado três vezes, enquanto sua rival esteve parada neste período.
2 - Luta em pé...
O nocaute sofrido por Ronda contra Holly Holm colocou um ponto de interrogação em relação ao repertório de luta em pé da ex-campeã, que costumava vencer quase todas as suas lutas no chão, principalmente com sua famosa chave de braço. Do outro lado do octógono, Amanda se notabilizou nas suas últimas lutas pela variedade de golpes de toda sorte, sempre com muita velocidade e potência nos socos. Basta lembrar do estado do rosto de Miesha Tate quando perdeu o cinturão.
3 - ... e também no chão
Ronda dá aula no grappling – ela é mestra em derrubar suas adversárias e finalizá-las no chão. Judoca medalhista olímpica, a americana venceu 75% de suas lutas desde 2011, seja pelo King of the Cage, StrikeForce ou UFC, com chaves de braço. Foram nada menos que 9 finalizações assim. A má notícia para ele, porém, é que Amanda é faixa preta de jiu-jitsu e faixa marrom de judô. Ou seja, por mais que Ronda seja uma lutadora única no chão, a baiana também é especialista no assunto.
4 - Força mental
"Todo mundo sabe, não sou eu que estou dizendo, com certeza ela mostrou insegurança com a derrota." Foi assim que Amanda Nunes definiu nesta semana ao UOL Esporte a reação de Ronda ao perder o cinturão dos galos do UFC. A forma como a ex-campeã reagiu ao revés chamou a atenção. Por sua vez, antes de chegar ao título, Amanda foi nocauteada por Cat Zingano e precisou avançar passo a passo até a chance do título. Agora, com o cinturão, a baiana esbanja confiança e força mental. "Estou muito forte, esse é o momento da minha vida, que estava procurando, ninguém vai tirar de mim. Esse momento chegou e estou bem preparada para ele, mental, física e tecnicamente", acrescentou ao UOL.
5 - Pressão
O slogan do UFC 207 diz tudo sobre a expectativa criada para o evento desta sexta: "Ela está de volta!". Ela é Ronda Rousey, maior nome do MMA feminino da história e uma das maiores estrelas da história do UFC. Com efeito, a desafiante acabou ganhando muito mais atenção que a campeã. Até mesmo pelo silêncio que adotou desde a derrota, Ronda gera uma expectativa enorme pelo seu retorno. E, assim, também entrará no octógono com a pressão de mostrar que não é uma sombra de si mesma. O mundo inteiro estará de olho na americana, e a pressão, do lado dela.
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