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Campo Grande: Marquinhos deve assumir com dívida "bem expressiva", diz futuro secretário

Campo Grande News em 27 de Dezembro de 2016

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), deve encerrar seu mandato sem dinheiro em caixa suficiente para pagar todas as dívidas pendentes da atual gestão. “Provavelmente não vai deixar”, afirma o economista Pedro Pedrossian Neto, futuro secretário de Finanças de Marquinhos Trad (PSD).

De acordo com Pedrossian, que lidera a equipe de transição do próximo prefeito, “Bernal e sua equipe estão cientes desta situação”. Além disso, estão trabalhando em tempo integral para resolver a pendência. Informação confirmada por Disney Fernandes, atual chefe da pasta de Finanças.

“Estamos trabalhando até tarde para fecharmos o balanço financeiro para entregar no dia 1º de janeiro, como manda o TCE (Tribunal de Contas do Estado). Tudo o que pudemos passar para a transição nós passamos de forma mais transparente possível”, relatou Disney à reportagem na manhã de hoje.

Conhecidas como “restos a pagar”, as despesas executadas, mas não pagas até 31 de dezembro pela gestão do atual prefeito de Campo Grande, são as principais questões pendentes para a finalização do balanço, segundo Pedrossian Neto.

“Eles devem estar analisando os restos a pagar não processados, ou seja, as despesas de serviços que foram empenhados, mas não foram realizados. Estes devem ser cancelados. O que deve ficar para ser pago são as despesas liquidadas, que são serviços que foram realizados, mas não foram pagos”, explica Pedrossian Neto.

O líder da equipe de transição de Trad não sabe exatamente quanto ficará pendente para ser pago, mas já declarou que é “bem expressivo”. Caso o próximo prefeito assuma o posto sem dinheiro em caixa para cobrir todas as despesas do “restos a pagar”, configura uma situação ilegal.

“A Lei de Responsabilidade Fiscal impõe que você não pode deixar despesa sem dinheiro em caixa. E provavelmente não vão deixar”, relatou Pedro Pedrossian. “Se essa situação se concretizar, Bernal pode ter de responder ao TCE, mas não queremos entrar nessa questão”, complementou.

A alternativa para resolver estas pendências, segundo o futuro secretário de Finanças, vai ser renegociar as dívidas com os credores. “A partir de 1º de janeiro, vamos olhar o restos a pagar, ver o que pode ser renegociado e buscar uma solução para não haver descontinuidade dos serviços públicos essenciais”.

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