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Exposição de arte infantil está aberta ao público no Museu de História do Pantanal

Caline Galvão em 25 de Novembro de 2016

A mostra infantil “Meu Modo de Ver” está aberta à visitação pública no Museu de História do Pantanal (Muhpan) desde a noite de quinta-feira (24), quando aconteceu sua inauguração. Cerca de 132 trabalhos de 22 crianças participam da exposição que tem inspiração em grandes artistas: a brasileira Tarsila do Amaral, o expressionista holandês Van Gogh, o fauvista Matisse, o pintor moderno Antoni Gaudí e o pantaneiro Jorapimo. A mostra é o resultado de todos os módulos aprendidos pelas crianças durante o ano no ateliê da Renata Mesquita. A exposição, que homenageia Jorapimo, fica aberta até o dia 17 de dezembro, de terça a sábado, das 13h às 18h.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

A exposição fica aberta ao público até 17 de dezembro

“Esse já é o terceiro ano que a gente executa essa exposição de fim de ano com o trabalho que as crianças desenvolveram durante o ano”, afirmou Renata Mesquita. “Começamos este ano com Van Gogh de quem exploramos a expressividade, a relação da cor, já que ele tinha um fanatismo pelo amarelo, então trabalhamos a monocromia com as crianças. Depois a gente veio com Henri Matisse, que é o fauvista. No módulo fauvismo trabalhamos a cor pura, a criança conhece o amarelo, azul, vermelho, são as cores primárias. A ideia do ateliê é esta, explorar uma característica do artista e a criança desenvolver o seu trabalho plástico”, explicou Renata ao Diário Corumbaense.

Como as crianças também tiveram módulo sobre pinturas rupestres, participam da exposição obras que remetem àquela época, incluindo pinturas e trabalhos em cerâmica. “No módulo da arte rupestre, a gente confeccionou a própria tela, ali foi o princípio de tudo, do registro da comunicação do ser humano. Nesse módulo também tivemos parceria com o Muphan quando as crianças foram até o segundo andar do museu onde estão disponíveis gravuras rupestres daqui de Corumbá e foi interessante porque elas confeccionaram a própria tinta a partir de pigmentos naturais, foi bastante rico para o aprendizado delas”, disse.

Renata Mesquita trabalhou cinco grandes artistas durante um ano com as crianças, trabalhou que resultou a exposição

Mas os alunos também tiveram aula de ponto, linha e plano, princípio básico da composição bidimensional da obra de arte. “Trabalhamos também o fantástico arquiteto catalão Gaudí, com ele trouxemos a bidimensionalidade do mosaico inserido na pintura”, explicou Renata. Durante todo o ano foram trabalhadas diversas técnicas artísticas como a cerâmica, o desenho e a pintura. Com Tarsila do Amaral, artista que trabalhou a antropofagia brasileira, o ateliê explorou a forma diferente de ver um desenho.

“A criança tem contato com o artista e dele não faço somente a releitura. O artista é o ponto de partida para a inspiração da criança e o foco principal é quebrar os estereótipos dos desenhos como casinhas em forma de algodão doce e fazê-los ousarem mais nas cores e composição da obra de arte”, afirmou a professora de artes.

“Durante o desenvolvimento do processo criativo das aulas, a criança descobriu diferentes técnicas artísticas de pintura, desenho e cerâmica utilizando vários suportes e materiais. Exploramos também as características dos períodos históricos dos artistas. A união de todo esse processo nos levou ao resultado final com a obra das crianças”, frisou.

Renata Mesquita

Vernissage aconteceu na noite de quinta-feira (24), quando Jorapimo, o homenageado da exposição, completaria mais um ano de vida

No dia 24 de novembro, Jorapimo completaria 79 anos de vida. Por causa disso, a vernissage da exposição aconteceu na data de seu aniversário. “Ele foi tema do nosso último módulo, escolhi este artista por suas obras terem conotação impressionista, isso de ir à praça e pintar a paisagem que ele via. Foi esse instantâneo que eu trouxe para as crianças fazerem e elas vivenciaram um pouco o que Jorapimo fazia, que era a pintura de cavalete, além disso, é um artista pantaneiro, então nós temos que prestigiá-lo”, concluiu Renata Mesquita.

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